Angola não provavam que houvesse quaisquer irregularidades ou imparcialidade no processo eleitoral. As eleições foram monitorizadas por mais de três mil observadores nacionais e internacionais. O maior receio da comunicação social e da sociedade civil é o facto de que a comissão nacional de eleições (CNE) não é um órgão verdadeiramente independente, apesar dos parâmetros estabelecidos na lei, a Lei 12/12 de 13 de Abril de 2012. A título de exemplo, a sociedade civil reclamou que o recenseamento eleitoral é feito pelo Ministério da Administração do Território (MAT), e não pela CNE. O ex-ministro encarregado do MAT – e dos cadernos eleitorais – é hoje o vice-presidente do país. Segurança de Jornalistas De um modo geral, os jornalistas em Angola gozam de relativa segurança no exercício da sua profissão. A arma de escolha em Angola usada contra jornalistas são os tribunais, às ordens dos politicamente poderosos sempre que estes vêem motivos para mover uma acção judicial por difamação. “Só com liberdade de expressão e de imprensa o país poderá caminhar para a verdadeira democracia, na medida em que são direitos consagrados na Constituição da República de Angola, e devem ser respeitados por todos” President João Lourenço Liberdade de Expressão online Apesar do novo pacote de leis para reger o sector de comunicação social e a criação da Autoridade Reguladora com poderes para monitorizar o conteúdo da web, e se levarmos em conta a realização de eleições gerais, não há registos de qualquer acção judicial por parte do governo contra qualquer utilizador, nenhum site foi bloqueadoe ninguém recebeu instruções para excluir algum conteúdo. Perspectivas para 2018 Os próximos meses serão reveladores das perspectivas de longo prazo do novo presidente, com alguns a dizer que está a ir longe demais, outros que não ousa ir longe demais. De qualquer modo, em Novembro – três meses depois de assumir as rédeas – João Lourenço exonerou Isabel dos Santos, filha do ex-presidente, do cargo de presidente do conselho da Sonangol. No mesmo dia, João Lourenço cancelou os contratos entre Westside a emissora pública e a e Semba Comunicações, pertencentes a Tchizé e José Paulino dos Santos, também filhos do So This is Democracy? 2017 23