SETOR 1

o elevado custo de vida nas cidades de Maputo e Matola. Em particular, os
participantes exprimiram opiniões críticas sobre a postura assumida pela Televisão
de Moçambique (TVM), a qual é apontada como tendo ignorado esta ocorrência
durante várias horas, enquanto outras televisões e estacões de rádio informavam o
público sobre o clima de agitação e de insegurança que se tinha instalado nas duas
cidades. Esta postura da TVM foi considerada como “denegação do direito do
povo à informação”, garantido pela Constituição e pela lei. Este facto foi tomado
como exemplo para demonstrar que a auto-censura entre jornalistas deve-se mais
a práticas institucionais do que a temores individuais infundados dos proissionais
de comunicação social.
Por outro lado, os participantes reairmaram as constatações das rondas anteriores,
no que se refere a assimetrias regionais na prática da liberdade de expressão:
reairmaram que a prática da liberdade de expressão vai minguando, quanto mais
longe nos encontramos de Maputo e, de um modo geral, dos principais centros
urbanos do Pais, nomeadamente Beira e Nampula. A proximidade física dos
cidadãos com as autoridades locais, como oposto ao distanciamento que permite
o anonimato nas grandes cidades, tornam a prática da liberdade de expressão mais
mitigada. Como exemplo, os participantes notam que, nas visitas presidenciais aos
Distritos, populares costumam apresentar queixas sobre desmandos de agentes
locais do Estado, os quais só chegam ao Chefe de Estado porque as pessoas têm
medo de exprimir as suas opiniões junto das autoridades locais.

Pontuação:
Pontuação individual:
1

O país não atinge o indicador

2

O país atinge minimamente os aspectos do indicador

3

O país atinge alguns aspectos do indicador

4

O país atinge maior parte dos aspectos do indicador

5

O país atinge todos os aspectos do indicador

Média:

14

2.6 (2005 = 3.0; 2007 = 2.9; 2009 = 3.0)

BARÓMETRO AFRICANO DA MEDIA MOÇAMBIQUE 2011

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