State of the media in Southern Africa - 2003
tácticas de choque para compelir os oficiais públicos a revelar informação. Diligência e resiliência
em investigações, especialmente entre os mídia privados e comunitários, expuseram grandes
níveis de abuso de poder, corrupção e injustiças sociais e económicas em Malawi. Jornalistas
investigadores deste calibre deveriam ser estimados e encorajados.
O lado inverso do acesso à informação é o acesso a informação por e da maioria dos Malawianos.
Devido à pobreza, analfabetismo e estruturas do mídia concentradas nos centros urbanos, a maioria
dos Malawianos, não tem acesso a informação dos mídia. Em adição a isto, a informação,
conhecimentos e opiniões desta maioria rural raramente estava disponível para os mídia. O acesso
à comunicação com abertura de todos os ângulos, só é possível com um acesso de comunicações
mais compartilhado. As instituições dos mídia público como a MBC, a Televisão de Malawi
(TVM), e o Departamento de Informação4, que são constituídos para o serviço público não têm
estruturas, para facilitar o dialogo entre os cidadãos devido à falta de etos de serviço público,
sistemas centralizados de produção dos mídia e sistemas de financiamento dúbios5.
Embora os mídia não sejam um grupo homogéneo, e deles esperado mostrar um de unidade
profissional objectiva. Enquanto eles têm associações e organizações formadas, estas entidades
são muitas relaxadas e fracas para serem sustentáveis sem doadores que os suportem. O número
de associados destas organizações é muito baixo bem como o sentido de propriedade. Maioria
das associações dos mídia, existem somente no papel e têm sido ridicularizadas como
“organizações de pasta”, que ‘só existem para obtenção de contactos de treino ou para oportunidade
de um salário. No entanto, alguns grupos dos mídia mostraram alguma resiliência. Destes, podese incluir A Associação dos Mídia Feminina de Malawi (MAMWA), O Clube de Imprensa
Lilongwe, O Clube de Imprensa Nyika e NAMISA.
À parte da advocacia para a liberdade dos mídia, estes grupos têm participado em assuntos públicos,
como iniciativas para mudança de comportamento em relação ao HIV/SIDA.
A liberdade dos mídia no Malawi, continua a deteriorar-se porque o ambiente em que operam
está cheio de armadilhas legais, areias movediças económicas e minas políticas. Os maiores
desafios para o Malawi, deviam ser a descentralização da produção e sistemas de distribuição
dos mídia, revisão de leis repressivas e uma re-orientação dos mídia públicos, em relação aos
etos de serviço público. Para libertar o potencial da maioria dos Malawianos e viver com uma
dignidade humana completa, é necessária uma revolução para desacorrentar as estruturas sociais,
económicas e políticas que marginalizam esta maioria.
Tal revolução é impossível sem a concessão da informação e avenidas para uma participação
efectiva dos cidadãos. Os mídia têm um potencial imenso para providenciar estas avenidas para
um diálogo e participação efectivas. Isto pede uma reconstituição das raízes das massas que são
o recipiente de informação que irá originar o conhecimento. Rotinas estruturais e operacionais
dos mídia teriam então que mudar para que os bois (raízes) venham primeiro que a carroça (o
mídia). Estas mudanças deverão ser primariamente informadas e suportadas por perspectivas
locais, regionais e globais ao nível dos mídia.
Dado que seis em cada dez Malawianos, vivem num estado de pobreza[6] e esperança de vida de
um Malawiano é de 39 anos, é uma traição restringir qualquer iniciativa dos mídia com o objectivo
de providenciar o fornecimento de informação ou avenidas para um diálogo ou participação
efectiva de cada cidadão.
1

A constituição do Malawi, garante a liberdade de expressão e da imprensa. O Malawi, têm um
corpo legal responsável pela regulação das Comunicações, a Autoridade de Comunicações de
So This Is Democracy? 2003

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Media Institute of Southern Africa

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