Os valores culturais africanos há muito apreciados estão sendo arruinados por valores estrangeiros que estão a penetrar através dos mídias de rádio difusão e televisão, especialmente através dos canais de televisão e da Internet. O acesso à pornografia através da Internet e canais de Televisão é uma prática diária. Um indicador do domínio da rádiodifusão estrangeira orientada é a grelha de programas da televisão, que constitui quase 80 por cento dos programas diários. Relativamente ao ambiente económico para o funcionamento dos mídias, o sector privado é fraco e enfrenta falta de recursos, o que criou lacunas e resultou na submissão dos mídias privados ao estado até ao ponto de colocar em perigo a independência profissional e editorial. As vezes as pessoas se perguntam porquê que até a imprensa privada se tornou num porta-voz para restrição da liberdade de informação. A base económica fraca dos proprietários dos mídias também levou a criação de alianças dentre o estado, os proprietários dos mídias privados e alguns empresários gigantes as custas da liberdade de imprensa. Para garantir a sobrevivência dos seus negócios nos mídias, os proprietários dos mídias foram submergidos pela procura da publicidade e pelo interesse político. O sistema de taxas também foi desfavorável aos mídias conforme demonstrado por inúmeras propinas e taxas de importação elevadas sob os materiais de impressão. O governo ainda tem que dar resposta as solicitações constantes das empresas gráficas e editoras para redução destes custos. Importa referir que devido ao constrangimento económico, tal como a falta de comunicação e transporte, quase todos órgãos dos mídias estão sedeados nas áreas urbanas, negando o grosso da população rural (mais de 80 por cento) da população da Tanzânia o acesso ao fluxo livre de informação na altura certa. Na sua maioria contam somente com a estação de rádio Tanzânia Dar-es-Salaam, pertencente ao governo. A circulação de jornais é de baixo nível em comparação com outros estados africanos, devido aos factores acima expostos agravada pelo baixo nível de alfabetização na maior parte das áreas rurais. Estrutura Institucional, Legal e Política para o Regulamento dos mídias A estrutura institucional para o regulamento dos mídias não é conducente conforme demonstrado pela incapacidade do governo de atribuir mais financiamentos para melhoria do jornalismo. Existe também o problema de sobreposição de funções e políticas entre as instituições do governo. Por exemplo, enquanto que o Ministro da Educação e Cultura não é directamente responsável pelo regulamento do Sector de Informação e Radiodifusão e Televisão, em Outubro de 2005, o Ministro emitiu uma orientação para proibir a Haki Elimu, uma organização da sociedade civil de realizar e publicar qualquer outra pesquisa ou publicar qualquer artigo sobre o sistema de educação da Tanzânia, sem qualquer esclarecimento sobre que lei o Ministro aplicou para proibição da liberdade de expressão. Relativamente a estrutura legal e política para o regulamento dos mídias, continua a ser problemático, devido a não revogação e emenda das leis cruéis nos estatutos nacionais. O braço executivo do estado continua a utilizar os seus poderes excessivos estipulados em várias leis cruéis para suprimir a liberdade de imprensa e de forma discreta ou aberta envia intimações à emissoras ou jornais. É de realçar que se a política de Informação e Radiodifusão for traduzida em uma única lei, a So This Is Democracy? 2005 -122- Media Institute of Southern Africa