A ntes de tomar conhecimento do estado actual dos mídias na Tanzânia, é importante saber o percurso que o mídia massiva percorreu a partir do período mono partidário até ao estado actual de política multipartidária. De facto, a Tanzânia ainda sofre dos efeitos colaterais do controlo do estado sob os mídias praticado entre 1965 e 1992, altura em que o país adoptou uma governação multipartidária. Durante o sistema político multipartidário, houve um aumento enorme de estabelecimentos dos mídias privados em competição com os mídias estatais. O número de jornais diários aumentou para 11, mais uma dúzia de publicações semanárias e quinzenais. Um exemplo claro do surgimento dos jornais ocorreu durante as vésperas das eleições gerais de 2005, altura em que surgiram muitos jornais concentrados em notícias políticas sensacionais. Contudo, muitas pessoas são de opinião que o surgimento dos mídias massivos não correspondeu com o desenvolvimento do jornalismo profissional, porque centenas de jovens desempregados aderiram a esta profissão sem habilitações formais. O crescimento enorme do número dos estabelecimentos dos mídias também afectou os mídias de rádio e televisão. Estima-se que a Autoridade Reguladora de Comunicações da Tanzânia (ARCT) registou mais de 40 estações de TV e Rádio recentemente. Contudo, é importante tomar nota que a maioria dos mídias electrónicos privados registados são estacões de rádio FM e canais de TV vocacionados em divertimento e programas religiosos. Existe também um consenso geral que a liberalização do sector dos mídias não progrediu em paralelo com a introdução de um mecanismo institucional, legal e extra legal para garantir a liberdade de imprensa. O processo de mudança de mecanismos reguladores já teve início, mas ainda não concluiu. Ambiente político, social e económico que estrutura os mídias. Conforme observado anteriormente o pluralismo político incentivou o crescimento enorme dos mídias massivos privados, mas isto não significa que o estado não controla de forma rigorosa a imprensa privada. Considerando que o governo possui o poder absoluto para registar ou cancelar o registo dos mídias escrito e electrónico, o estado tem uma grande oportunidade de determinar o funcionamento dos mídias. Em Outubro de 2003, o governo aprovou a política de Informação e Rádio difusão e Televisão, mas esta política ainda contradiz as leis de imprensa cruéis actuais. Apesar do governo ter prometido aprovar uma lei de imprensa singular, depende da Liberdade da Lei de Informação revogar e emendar as leis cruéis, falta o compromisso político porque não foi estipulado nenhum espaço de tempo para implementação da política de informação, radiodifusão e televisão. O novo governo tentou dar esperança aos profissionais e proprietários dos mídias através da criação do Ministério dos Desportos, Informação e Radiodifusão e Televisão, mas apela-se por mais trabalhos para implementar a política. Na frente social e cultural, o sector de imprensa da Tanzânia está sendo afectado pelo domínio da cobertura dos mídias internacionais gerido por monopólios estrangeiros. Existe um protesto contra a penetração de valores sócio culturais estrangeiros. So This Is Democracy? 2005 -121- Media Institute of Southern Africa