Introdução

O

ano de 2008 permanecerá indelével nas mentes da maioria dos cidadãos Tanzanianos, e
em particular, no seio dos profissionais de comunicação social por causa de um desenvolvimento histórico.

A comparência de dois ex-ministros titulares das pastas de Finanças, Energia e Recursos Minerais, Basil Mramba e Daniel Yona respectivamente e o Secretário Permanente do ministério das
Finanças e Planeamento, Gray Mgonja perante o tribunal para responderem várias acusações.
Todos três homens estão enfrentando mais ou menos oito acusações similares que incluem,
entre outras, o abuso de poder que conduziu o país a uma perda na ordem de USD10 milhões.
Antes dos três comparecerem perante o tribunal, outras 20 personalidades de alto perfil que
incluíam empresários, um tesoureiro do partido no poder, CCM, na região ocidental de Kigoma
e ex-funcionarios do Banco Central compareceram perante o Tribunal Judicial de Dar es Salaam
para responder as várias acusações de fraude e furtos.
As queixas estão envolvidas em torno do desfalque de USD 130Milhoes do Banco Central
(conhecido oficialmente como Banco de Tanzânia) através do uso de empresas fictícias.
O Presidente da República Unida de Tanzânia, Jakaya Kikwete já fez saber que mais Tanzanianos de alto perfil comparecerão perante o tribunal para responder às várias denuncias que
incluem a corrupção.
À excepção de Mgonja que esteve detido menos de dez dias, os dois ex-ministros e os outros
20 foram colocados sob prisão preventiva sob custódia durante 15 dias no mínimo antes que
fossem soltos sob severas condições de caução.
Em poucas palavras, o estado da liberdade dos media em Tanzânia em 2008 teria sido incompleto sem dar ênfase, embora breve, sobre a detenção e comparência perante o tribunal dos
dois ex-ministros, um secretário permanente que estava de férias preste a reformar e os outros
20 Tanzanianos de alto perfil.
A importância de aflorar as detenções de 23 Tanzanianos de alta nomenclatura reside no
facto de que este é o culminar do trabalho esplêndido realizado por uma secção dos media
Tanzanianos que começaram quase imediatamente após a investidura em Dezembro de 2005
do Presidente Kikwete.
A secção da imprensa escrita dos media Tanzanianos é usada deliberadamente porque menos
do que a metade dos media Tanzaniano era responsável pela cruzada de combate de grande
corrupção e outros males na sociedade com os restantes órgãos de comunicação hesitando ou
embarcando no trabalho sujo de purificação dos acusados.
Isto serve para explicar pois, uma das associações mais eficazes dos media no país, a associação dos profissionais de comunicação social da Tanzânia, Tamwa, foi muito selectiva quando
entregou certificados aos media que tinham desempenhado um papel excelente na luta contra
a corrupção e outros males.
Somente um punhado de órgãos de comunicação social recebeu os certificados.
É este desenvolvimento que nos traz agora a uma condição na qual possamos agora avaliar o
estado da liberdade dos media em Tanzânia no ano em análise.

Estado da liberdade dos media em Tanzânia
Resumindo, a posição do governo no que refere a liberdade dos media no país permanece inalterável, hostil, conforme correctamente reflectido pela existência contínua da lei draconiana
de 1976 sobre os media que foi herdada do governo colonial britânico.
So This Is Democracy? 2008

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Media Institute of Southern Africa

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