Todavia, as eleições de Março de 2005, não produziram as mudanças e expectativas antecipadas, porque durante o período pós-eleição, o partido no poder Zanu PF, não foi capaz de implementar as políticas e ideais significativas para estancar a baixa económica do país. No mês de Dezembro de 2005, em média uma família Zimbabueana gastava $13 (US$163) milhões de dólares por mês no consumo básico, contra o valor mínimo de cerca de $1,5 milhões no ano anterior. Um funcionário público (professor ou enfermeira) ganha cerca de $3 milhões (US$38) por mês. A falta constante de moeda estrangeira fez com que os motoristas e as indústrias passassem mêses sem receber uma gota de combustível, necessário para o funcionamento das indústrias e do comércio. O nível de desemprego permaneceu alto, isto é acima de 80 por cento. A liderança aparenta estar perdida e sem ideias em como ressuscitar a economia baseada na agricultura, devido a invasão e ocupação violenta das propriedades comerciais desde 2000. A inflação, que baixou de 600 por cento para 200 em 2004, estava actualmente a 502 por cento em Dezembro de 2005, com a expectativa de aumento em 2006. O lançamento da operação controversa Murambatwsina ou Operação de Restauração da Ordem em Maio 2005, eliminou qualquer esperança de um governo que esteja determinado a corrigir o seu registo sobre os direitos humanos. Dezenas de milhares de cidadãos ficaram desamparados, depois do governo ter destruído os seus abrigos e instalações de negócios eliminando de forma efectiva o sector informal no país. Esta operação resultou na produção de um relatório crítico pelas Nações Unidas. A Enviada Especial das Nações Unidas, Anna Kajumulo Tibaijuka, no seu relatório crítico, disse que a operação foi realizada “de forma indiscriminada e sem fundamento, sem consideração do sofrimento humano e de forma repetida, desrespeitando as várias disposições das estruturas nacionais e internacionais”. destemido pelo relatório das Nações Unidas, criticando o défice dos direito humanos do país e longe da introdução das práticas democráticas, o parlamento dominado pelo partido Zanu-PF prosseguiu com a aprovação da Emenda Constitucional controversa, Projecto de Lei No 17. Aprovada no dia 30 Agosto de 2005, a proposta do Senado procura limitar as viagens de indivíduos considerados de agir contra os interesses económicos do país, ou a realizarem campanhas para sanções nos estrangeiros. Dentre outras claúsulas contenciosas, a Lei de Emenda Constitucional, retira o direito dos tribunais pelas partes lesadas, nos casos em que as suas terras tenha sido adquiridas pelo Estado. O único recurso permitido é o para a indiminizaçao desenvolvimento da terra. Isto viola as obrigações internacionais do Zimbabué, particularmente o Artigo 7 (1) da Carta Africana sobre os Direitos Humanos e dos Povos que diz: “Todo indivíduo terá o direito de ser ouvido”. Estes direitos incluem “o direito do recurso a um órgão de autoridade competente contra actos de violação dos seus direitos fundamentais, conforme recomendado e garantido pelas convenções, leis, regulamentos e costumes em vigor”. Enquanto o governo culpa a sua situação económica às constantes seca e nas sanções internacionais, estas violações arbitrárias de liberdade e direitos básicos, dão ao país o estatuto de paria. O Fórum Económico Mundial na sua avaliação públicada, sobre o estado de competitividade no Zimbabué posicionou o país, como sendo menos competitivos dentre as So This Is Democracy? 2005 -149- Media Institute of Southern Africa