levar ao encerramento de todas as rádios e publicações críticas ao Governo.
Desde 2005, os órgãos de comunicação social privados têm sobrevivem com dificuldades
económicas resultantes de manobras do governo quem tem em vista a retirada da publicidade
em todos os órgãos de comunicação social críticos ao Governo e agora a crise acentua-se com
a aprovação das taxas acima referidas e aos violentos ataques legislativos.
Quando a lei emendada foi apresentada ao Parlamento para aprovação pela Comissão de Comunicações, os partidos da oposição expressaram mostraram-se preocupados por considerar que a
mesma visava retirar os direitos dos órgãos de comunicação social. Contudo, alguns parlamentares defenderam que liberdade a mais, sem restrições, é perigosa para a estabilidade do país.

Situação da Radio e Televisão
A estrutura da Direcção do Regulador de Rádio e Televisão e Telecomunicações do Lesotho,
LCA, indignou toda a comunidade dos órgãos de comunicação social, por todos os novos
membros partilharem dos mesmos ideias políticos ou estarem ligados por laços familiares.
Depois do antigo Ministro das Comunicações, agora líder do partido da oposição, ABC Thomas
Thabane retirar-se do partido no poder, o Conselho de Ministros indicou o Secretário-geral
do LCD e então Ministro do Comércio e Indústria, Mpho Malie, para o cargo de ministro das
comunicações até a realização das eleições em Fevereiro de 2007.
Mpho Malie presidiu a selecção da Direcção do Regulador de Rádio e Televisão e Telecomunicações do Lesotho apelando ao público, em Outubro de 2006, para a nomeação dos candidatos
do LCA à Direcção e as pessoas interessadas a submeterem os seus CVs candidatando-se a
cargos de direcção. Contudo, a composição da actual Direcção não reflectem a diversidade da
sociedade do Leshoto.
Os novos membros da Direcção do Regulador de Rádio e Televisão e Telecomunicações do
Lesotho incluem o próprio Malie, que desempenhava as funções de Ministro da Comunicação
na altura do processo de escolha, os outros membros são: Teboho Mokela, esposa do Secretário
Permanente do Ministério da Comunicação, Refiloe Lehohla, irmã mais nova do Vice-primeiroministro (VPM) e do Presidente do Tribunal Supremo, e o advogado independente, Salemane
Phafane que representa sempre o Governo ou o partido no poder em casos de difamação
criminal contra os órgãos de comunicação social. Ele é também tio materno deMokela. O outro
membro da Direcção é um advogado com o apelido de Khetsi e irmão mais novo do Secretário
Permanente do Ministério de Trabalho. Os órgãos de comunicação social de radiodifusão estão
indignados com a composição da direcção com base em linhas partidárias, perguntando-se
como poderia o Sr. Malie submeter o seu pedido para ele mesmo fazer parte da direcção. Na
altura em que os pedidos foram solicitados, ele era o Ministro responsável por tal selecção e
ele não poderia ter-se escolhido a si mesmo. Foi questionado se Mokela recusou-se a prestar
assistência ao novo ministro aquando da nomeação da sua esposa, para membro da Direcção
do Regulador de Rádio e Televisão e Telecomunicações do Lesotho.
O grande marco deste ano para a comunicação social, foi o encerramento de uma estação de
rádio privada, a Harvest FM, devido a queixas apresentadas por altos funcionários públicos.
A Harvest FM, que já voltou a emitir, teve várias confrontações com o Governo que acusa a
estação de reportar negativamente contra o partido no poder.

Imprensa escrita
Nos finais de 2007, assistiu-se no Lesotho, a emergência de muitos jornais que se juntaram à
So This Is Democracy? 2008

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Media Institute of Southern Africa

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