29 de Março, obedecendo as directrizes e princípios da SADC sobre a Condução das Eleições
na África Austral.
As directrizes da SADC, dentre outras questões, realça a necessidade de um acesso uniforme
e equitativo pelos cidadãos e partidos politícos à Rádio e Televisão públicas. Criticamente, as
emendas conservaram a regulação legal dos media apesar da mudança do nome da Comissão dos
Media e Informação (MIC) controlada pelo Estado para a Comissão dos Media do Zimbabwe
(ZMC) assumindo a tarefa de regulação legal dos media, inscrição dos meios de comunicação
de massas e acreditação de jornalistas dos antigos membros do ZMC, que ainda está para ser
constituído; isto irá consistir em nove membros indicados pelo Presidente a partir de uma
lista de pessoas nomeados pela Comissão Parlamentar sobre Normas Permanentes e Regras
Parlamentares em termos de emendas à AIPPA.
A regulação estatutária é anatema à diversidade dos media e o pluralismo e não é favorável à
criação de um ambiente que permite o ingresso de novos actores privados dentro de ambos os
sectores imprensa e radiodifusão.
O financiamento estrangeiro e o direito de propriedade na imprensa escrita permanence restricta
e pode ser apenas considerada na discreção absoluta do respectivo ministro.
Um corpo subsidiário, O Conselho dos Meios de Comunicação Social do Zimbabwe será
colocado para fazer valer a ética dos media apesar da existência do Conselho Voluntário dos
Meios de Comunicação Social do Zimbabwe que surgiu em Junho de 2007, de acordo com a
Declaração de Banjul sobre os Princípios da Liberdade de imprensa, que garante uma regulação
própria dos media.
As violações da liberdade dos media aumentaram entre o período da corrida eleitoral presidencial
de 29 de Março e 27 de Junho de 2008. As violações foram com objectivo de ressuscitar casos
antigos contra jornalistas que até agora tinham sido anulados por falta de provas, e a retenção
de jornalistas estrangeiros liberto pelos tribunais.
O governo Zimbabueano apresentou uma lista negra de jornalistas que foram impedidos de
cobrir as eleições.
O aumento de casos de violação do direito dos media podia ser visto como tendo sido designado para instilar medo dentre os jornalistas considerados críticos do governo, deste modo
limitando a disponibilidade de informação alternativa durante o período da campanha eleitoral,
mais ainda quando visto contra o banimento contra canais televisivos estrangeiros tais como
a BBC, CNN, Sky News e E-tv.
Apanhado no turbilhão da violência política estava o presidente da União Zimbabweana dos
Jornalistas Matthew Takaona, que juntamente com irmão foi atacado por assaltantes trajados
a militares na cidade-dormitório de Chitunwiza. Frank Chikowore passou duas semanas como
hóspede do Estado sobre frívolas alegações de violência pública relacionadas com a queima
de um autocarro no suburbio de Parque Warren de Harare seguindo a sua detenção em Harare
a 15 den Abril de 2008, mais tarde foi absolvido por caução.
O jornalista freelance Brian Hungwe foi esbofeteado com um banimento de um ano por alegadamente transgredir sectores da AIPPA. Todavia com apoio da MISA-Zimbabwe o banimento
foi revogado pelo tribunal.
Na fronteira da cidade oriental de Mutare a polícia ressuscitou acusações contra Syney Saize
por transgredir uma secção do POSA que tem a ver com falsidade de comunicação. O fotojornalista freelance Tsvangirai Mukwazhi foi, nos princípios de Agosto, obrigado a transferir
temporariamente a sua família para África do Sul, depois de ter sido assaltado pela polícia e
o carro ter sido confiscado. O crime foi de ter coberto o líder do MDC Morgan Tsvangirai na
corrida eleitoral de 29 de Março.

So This Is Democracy? 2008

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Media Institute of Southern Africa

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