MOÇAMBIQUE

RESUMO
Instituição

Website

Pedido de informação

Pontuação total

Banco de Moçambique

13

0

13

Direcção Nacional de Tesouro

06

0

06

Electricidade de Moçambique

12

0

12

Fundo de Promoção Desportiva

02

12

14

Maputo Sul

13

0

13

Ministério das Finanças

11

0

11

Ministério das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos

0

0

0

Ministério dos Transportes e Comunicações

0

8

8

Missão Moçambique

0

0

0

Trans African Concessions

8

0

8

CONCLUSÃO DO ESTUDO
Os resultados do Estudo mostram que Moçambique ainda tem
um enorme desafio pela frente no que diz respeito ao acesso
à informação, num contexto de instituições com uma pesada
herança do período do partido único, em que a cultura do
secretismo, do medo e do centralismo eram as características
predominantes. Embora o monopartidarismo tenha sido
abandonado há 24 anos, as suas marcas ainda prevalecem vivas.
A gestão de informação continua centralizada.
No que diz respeito aos sites, um instrumento definido como
fundamental para a disponibilização proactiva da informação,
notou-se que, mesmo no caso de instituições com informação
actualizada, esta refere-se a eventos, legislação e estrutura de
funcionamento; não havendo informação sobre contratos e de
prestação de contas sobre as actividades desenvolvidas. Em
dois casos, instituições públicas como o Fundo de Promoção
Desportiva, e Missão Moçambique que, sendo autónomos
deveriam ter os seus próprios sites, não os têm; no caso do
Ministério dos Transportes de Comunicações, o site encontravase fora de serviço.
Os resultados revelam que em Moçambique o acesso a
informação é ainda uma miragem. Das instituições às quais
foram encaminhados pedidos de informação, apenas duas,
embora com atraso, responderam ao pedido. Trata-se de Fundo
de Promoção Desportiva e do Ministério dos Transportes e
Comunicações. No caso da primeira, foi pedida a informação
menos polémica e se calhar a informação que menos pode
interessar ao público quando comparado com a informação
pedida às outras instituições. No caso específico do Ministério
dos Transportes e Comunicações a resposta feita foi no
sentido de rejeitar o pedido, usando como justificação para a
sua decisão o facto de que o contrato entre Moçambique e a
StarTimes International estar revogado e, neste momento, estar
em processo um concurso público para a selecção de um novo
parceiro. Das restantes instituições, nenhuma respondeu nem
acusou a recepção dos pedidos, muito menos deu satisfação.
É verdade que a lei do direito à informação é muito nova, o
que pode servir de atenuante, mas isso não justifica que as
instituições nem sequer acusam a recepção dos pedidos.

Um dos problemas constatados é que as instituições ainda não
criaram os necessários mecanismos para agilizar o processo de
disponibilização de informação. Ou seja, o governo ainda não
criou condições para que o exercício do direito à informação
seja uma realidade, dado que as instituições públicas e privadas,
detentoras de informação do interesse público, ainda não têm
condições para a plena implementação da Lei.

A INSTITUIÇÃO PÚBLICA
MAIS FECHADA EM
MOÇAMBIQUE
No cômputo geral, o ambiente do acesso à informação é ainda
fechado. As instituições não se mostram dispostas nem com
vontade de atender pedidos ou facultar informação ao cidadão.
Por outro lado, algumas destas instituições conjugam a falta de
respostas aos pedidos com a falta de presença na Internet ou
com websites inoperacionais. Duas instituições em Moçambique,
nomeadamente o Ministério das Obras Públicas, Habitação e
Recursos Hídricos e Missão Moçambique tiveram uma pontuação
de zero pontos.
Estas instituições não acusaram a recepção dos pedidos, não
responderam, nem deram nenhuma satisfação, seja por email,
por carta dirigida ao MISA ou pelos contactos telefónicos
disponibilizados. Por outro lado, uma ao que consta não
tem presença online e no caso da outra, o website contém
informações e classificações incipientes, demonstrando pouca
proactividade e abertura na disponibilização de informação
pública.

No entanto, o primeiro tem um site
operacional, que coincidentemente estava
em manutenção aquando da avaliação.
Assim sendo, a instituição galardoada
com o Prémio Cadeado de Ouro 2016, por
ainda não cumprir os padrões mínimos na

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