SECTOR 1

aprovado sem que as partes interessadas fossem envolvidas ou auscultadas,
o que contraria as boas práticas internacionais e a própria legislação
moçambicana sobre o procedimento administrativo e/ou formação de
vontade da administração pública (Lei número 14/2011 e Decreto número
30/2001).

Pontuação:
Pontuação individual:
1

O país não atinge o indicador

2

O país atinge minimamente os aspectos do indicador

3

O país atinge alguns aspectos do indicador

4

O país atinge maior parte dos aspectos do indicador

5

O país atinge todos os aspectos do indicador

Média:
Pontuação dos anos anteriores:

✓

✓

✓✓

✓✓

✓

✓

✓✓✓

1.4
2005 - n/a; 2007 - n/a; 2009 - n/a; 2011 - n/a; 2014 - 2.4

1.4 O Governo faz todo o esforço necessário para
honrar instrumentos nacionais e internacionais
sobre liberdade de expressão e liberdade de
imprensa
Obersavando os desenvolvimentos recentes, os painelistas expressaram as suas
dúvidas sobre a vontade política de melhorar o quadro legal sobre as liberdades
de expressão e da imprensa. A Lei de Imprensa (Lei número 18/91, de 10 de
Agosto) há muito que se acha desajustada da realidade, mas o processo tendente
à sua revisão alastra-se já há mais de uma década. Também foi aprovada a Lei do
Direito à Informação (Lei número 34/2014, de 31 de Dezembro), sem inclusão,
nas suas disposições finais e transitórias, de uma norma que referisse claramente
que com a sua entrada em vigor ficam automaticamente revogadas todas as leis
que são contrárias ao regime nela fixado (como é o caso, por exemplo, da Lei
número 12/79, sobre Segurança do Estado). Aliás, um disposito tal (norma que
se referia à revogação expressa e imediata de toda a legislação que lhe fosse
contrária) até se achava presente no esboço final daquela lei, mas, em sede da
aprovação pela Assembleia da República (AR), o mesmo foi retirado.
O painel observou também que em desrespeito ao acordado em 2005 para
suceder até 2015 em sede da União Internacional das Telecomunicações (UIT) –a
questão de acesso universal à Internet ainda se afigura como uma miragem no
país, num contexto em que os preços dos serviços de acesso à Internet ainda são
altos. Adicionalmente, o Governo ainda não providencia apoio financeiro (pelo
menos que seja transparente, previsível e público) às rádios comunitárias, quais
media sem fins lucrativos que se afiguram como voz dos que não têm voz.

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BARÓMETRO AFRICANO DOS MEDIA MOÇAMBIQUE 2018

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