State of the media in Southern Africa - 2003

Zâmbia
Herbert Macha
Herbert Macha é licenciado em jornalismo no Colégio de Evely Hone e autor de um livro
chamado “Introdução à Lei e Ética para Jornalistas”.

C

om a abertura política e das reformas legais, durante a qual era esperado um mídia
mais independente com a subida ao poder do Conselheiro de Estado, Levy Mwanawasa,
já teve o seu dia. Com a Administração do Novo Acordo, de “leis e não de homens”
conseguiu manter de forma importante, o modo de vida dos mídia. As leis prejudiciais aos
mídia ainda estão intactas. A canção que fala de as repelir ainda continua sem efeito até hoje.
Ameaças, hostilizações e interferências continuaram a ser a ordem do dia.
Em 20 de Outubro de 2003, o Presidente Levy Mwanawasa, ao encerrar a Sexta convenção
Nacional (O Indaba), pediu ao media público para parar de elogiar a sua Administração de Novos
Negócios e apelou a uma crítica construtiva e reportagens objectivas. Ele assegurou aos mídia
públicos importantes segurança de emprego mesmo se eles criticassem a Administração de Novos
Negócios. Umas semanas depois destas declarações, em circunstâncias inexplicáveis, o governo
adquiriu e controlou a Corporação de Radiodifusão Nacional da Zâmbia (ZNBC), a televisão
baniu um programa em directo que estava a rever as páginas principais do jornal nacional
independente Kwacha Good Morning Zambia, programa apresentado por dois jornalistas
independentes, Edem Djokotoe e Anthony Mukwita. Este programa, era visto como sendo crítico
ao governo. O banir deste programa, contradisse as declarações de Mwanawasa, de que a crítica
construtiva e a reportagem objectiva dos mídia públicas eram saudáveis e bem vindas.
Outro revés da declaração de Mwanawasa, foi em 18 de Outubro de 2003, quando jornalistas
tanto dos mídia privados como pertencentes ao estado foram impedidos de fazer a reportagem
às deliberações de vários comités do Indaba organizados pelo governo, que teve lugar em
Lusaka. Os jornalistas, que eram devidamente creditados para fazer a reportagem do encontro
de quatro dias, foram ditos no dia 18 de Outubro que, de forma a evitarem “intimidarem” os
delegados, não devia ser permitido a cobertura dos 12 comités formados na convenção que ia
fazer recomendações e deliberações em assuntos multi-sectoriais.
Esta decisão de barrar a cobertura dos mídia do Indaba, só foi rescindida após protestos gerais
de várias organizações dos mídia. O Director Instituto dos Mídia de África do Sul (MISA)Zâmbia, Kellys Kaunda, disse que a convenção estava a discutir assuntos de interesse público,
que não eram segredos e a que devia ser permitida à imprensa fazer a cobertura destas
deliberações. O seu parceiro Andrew Sakala, Presidente da Associação da Imprensa da Zâmbia
(PAZA), disse que a sua organização estava desapontada com a decisão dos organizadores.
O que foi mais surpreendente neste Indaba nacional, foi a omissão das resoluções finais nas
reformas dos mídia, que de novo levantaram fortes críticas das associações dos mídia. Ambas
a MISA-Zâmbia e a PAZA acusaram o governo de banalizar a importância da liberdade de
imprensa. Apesar de ter tido um comité presente neste comité do Indaba para avaliar as reformas
legais dos mídia e outros assuntos que dissessem respeito aos mídia, nada foi mencionado nas
resoluções finais que dissesse respeito aos mídia.
Em 2003, o Presidente Mwanawasa nomeou uma Comissão de Revisão Constitucional (CRC)
de diferentes secções da sociedade, incluindo instituições dos mídia. Apesar da inclusão de
instituições dos mídia, os 24 termos de referência feitos pela Comissão não fizeram menção
So This Is Democracy? 2003

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