Zimbabwe

leis opressivas que foram desencadeadas
na indústria do mídia representam uma
grande ameaça para o crescimento de
uma imprensa vibrante, crítica e útil
no país. A crise económica que estamos
vivendo nos últimos anos é hostil a
liberdade de imprensa, bem como as lei
em questão.
A situação é ainda pior se um dos factores
na competição que os novos actores
do mídia escrita devem enfrentar for
relacionada as publicações financiadas
pelo Estado.

Radiodifusão
Zbc mantém o monopólio dos meios
de radiodifusão, apesar da proibição do
monopólio, na caso da Rádio do Capitol
de 2000 e do acordo dos três partidos
políticos no Acordo Político Global (GPA)
para reformar os meios de comunicação
e garantir licenças de novos actores da
imprensa escrita.
Segundo o ex-Vice-Ministro da
Informação Jameson Timba, esse
monopólio é, apesar da capacidade do
país para registrar 56 estações de radios
distritais (comunidade) , 31 emissoras de
rádios comerciais, três estações nacionais
de televisão e duas estações comerciais
da rádio FM de acordo com a União
Internacional das Telecomunicações
(UIT).
Conforme observado anteriormente
neste trabalho, o monopólio é
deliberadamente destinado a controlar os
sistemas de produção de conhecimento
com vista à manipular o conteúdo do

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mídia e do pensamento que influenciam
os processos especialmente quando se
trata de fazer escolhas informadas no
tempo das eleições.

TIC e as Telecomunicações
A evolução positiva foi o anúncio feito
pelo maior provedor de telemóveis no
Zimbabwe, Econet Wireless, sobre os seus
planos avançados para ligar o país com o
resto do mundo através do cabo de fibra
óptica na capital Zambiana de Lusaka.
Esta ampliação de infra-estrutura pela
parte da Econet vai melhorar muito os no
controle de seus dados, vídeo e ligações
de voz. Os serviços serão transferidos a
uma velocidade maior no valor de vários
gigabytes por segundo e irá beneficiar
todo o setor de telecomunicações que
será capaz de utilizar as infra-estruturas
com taxas credivelmente baixas.
Atualmente, os provedores de serviços de
telemóveis transmitem os dados usando
o satellite, através da estação de base,
que é bastante caro.
Houve também um crescimento
significativo no número de pessoas
que acessam a Internet através de seus
telemóveis , como resultado das conexões
da internet 3G introduzidas pelo Econet
e Telecel. Isto significa que mais pessoas
podem acessar os jornais online. No
entanto, esse desenvolvimento não foi
elogiado por causa das atualizações de
graves versões feitas online por jornais
locais para capitalizar sobre o grande
número de pessoas que acessam os

jornais pela internet.

Migração Tecnológica
Lamentavelmente, não houve muitos
pronunciamentos políticos sobre a
necessidade de migração technologica
até 2015, a digitalização de todas as
rádios e televisães colocando o país sob
o risco de pesadas sanções pela União
Internacional das Telecomunicações
(UIT).
Zimbabwe estaria muito distante de
cumprir o prazo da UIT, pois que, o
Ministro das Finanças, nas suas propostas
de orçamento para 2011, não atribuiu
nenhuma verba para a digitalização
dos equipamentos de radiodifusão.
Segundo o secretário para a Informação
e Publicidade, George Charamba, são
necessários 16 Milhões de Dólares
Americanos para a transição completa
do sistema analógico para o digital. Em
2010 só 465 000 Dólares Americanos
foram disponibilizados para este fim.
O Caminho à seguir em 2011
A maior ameaça para a liberdade de
imprensa no Zimbabwe é o controle do
governo e sua influência no mídia. Há,
portanto, necessidade séria para fazer
pressão para a revogação de todas as leis
que impedem o crescimento do mídia
livre. AIIPA, POSA, BSA e todos os outros
instrumentos legislativos que foram
usados para reprimir a emergência de
um mídia livre precisam de ser alterados
ou revogados.

Também há grande necessidade de
defesa para dissuadir o governo de
possuir, através dos paraestatais ou
qualquer outro organismo, os meios de
comunicação escrita para que este sector
do mídia seja deixada para possibilitar os
actores privados concorrem a quota do
mercado sem vantagens injustas a favor
daqueles que actualmente beneficiam
o governo e sutentam os jornais do
Zimbabwe utilizando fundos públicos.
A advocacia também deve ser forte
para forçar o governo
conceder
licenças a novos operadores no sector
da radiodifusão e para acabar com as
restrições de financiamento externo nos
negócios do mídia e da radiodifusão. A
exigência de participação máxima de 10
por cento também deve ser descartado,
pois não faz nenhum sentido para os
negócios.

Conclusão
Como mencionado acima, a maior
ameaça para a comunicação social no
Zimbabwe é representada pelo desejo
que o governo tem em controlar as
operações dos meios de comunicação
social através de vários meios, que vão
desde colocar armadilhas legislativas
para o uso da força coesiva pela polícia.
Mudanças fundamentais nas leis do país
são, portanto, imperativas, começando
com a Constituição.
As reformas constitucionais vão ajudar a
proteger várias liberdades fundamentais,
incluindo a liberdade de imprensa e
processar outros instrumentos legais

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