BAROMETRO AFRICANO DA MEDIA
MOÇAMBIQUE 2011
Sumário Executivo
A quarta ronda de avaliação do Barómetro Africano da Media (AMB) para
Moçambique teve lugar de 27 a 29 de Maio de 2011.
Dos debates icou vincado que Moçambique é um Estado de Direito Democrático,
que se funda numa democracia multipartidária, em vigor desde 1990, altura em
que foi aprovada a primeira Constituição estabelecendo um regime pluripartidário,
incluindo um capítulo sobre liberdades fundamentais dos cidadãos.
As primeiras eleições multipartidárias foram realizadas em 1994, dois anos depois
do im de uma prolongada guerra que durou 16 anos. Desde então, eleições
regulares têm sido realizadas em cada cinco anos, tendo todas elas sido ganhas
pelo partido Frelimo, que governa o país desde a independência em 1975. Nas
últimas eleições, realizadas em 2009, a Frelimo aumentou substancialmente a sua
maioria parlamentar para 191 dos 250 deputados eleitos através de um sistema de
representação proporcional. A Renamo, o principal partido da oposição, obteve 51
lugares, e o Movimento Democrático de Moçambique (MDM) conseguiu oito.
De acordo com os dados do último recenseamento geral de 2007, o país tem uma
população de 20 579 265 habitantes, 30% dos quais residem nas zonas urbanas.
Do total da população, 52% são mulheres.
O Plano Quinquenal do Governo (2010-2014) indica que a maioria da população
de Moçambique é jovem, com 45,7% de jovens abaixo dos 15 anos de idade.
A liberdade de expressão, incluindo a liberdade de imprensa, está garantida na
Constituição da República de Moçambique, sendo igualmente apoiada por outra
legislação complementar, concretamente a Lei número 18/91 de 10 de Agosto,
também designada de Lei de Imprensa.
O artigo 48(1) da Constituição da República determina que “Todos os cidadãos
têm direito à liberdade de expressão, à liberdade de imprensa, bem como o direito
à informação”.
Por seu lado, a Lei de Imprensa prevê, no seu artigo 3(2), que “Nenhum cidadão
pode ser prejudicado na sua relação de trabalho em virtude do exercício legítimo
do direito à liberdade de expressão do pensamento através da imprensa”.

BARÓMETRO AFRICANO DA MEDIA MOÇAMBIQUE 2011

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