SETOR 4 mantidos na condição de estagiários, para além do tempo aceitável. Nos piores casos, existem jornalistas trabalhando sem contrato de trabalho e recebendo por peça publicada. As más práticas de gestão de pessoal na comunicação social veriicam-se com maior notoriedade no sector privado, onde jornalistas há que não gozam de proteção social, particularmente no que diz respeito à assistência médica e medicamentosa, seguro de vida ou contra acidentes de trabalho. Na prática, não existem padrões da indústria da comunicação social em Moçambique, aos quais todas as empresas do sector deveriam ser obrigadas a aderir. Há uns dois ou três anos atrás, o Ministério do Trabalho realizou uma série de inspeções a empresas de comunicação social com a inalidade de veriicar até que ponto estas estavam a cumprir com a legislação laboral em vigor. Este exercício foi interpretado por alguns como uma tentativa de silenciar a imprensa independente através de multas, mas o Ministério do Trabalho defendeu que na verdade, as inspeções tinham como objectivo proteger os trabalhadores da comunicação social contra eventuais actos de exploração por parte do patronato, e que para além disso o exercício não visava apenas as empresas do ramo da comunicação social. Os participantes consideraram a necessidade das organizações sócio-proissionais do sector, com destaque para o SNJ e os empregadores, encetarem concertações sociais no sentido do estabelecimento de padrões salariais mínimos na indústria. Foi notado que apesar de não ser uma justiicação plausível, más condições de trabalho e salariais dos jornalistas podem contribuir signiicativamente como um incentivo à corrupção. Pontuação: Pontuação individual: 1 O país não atinge o indicador 2 O país atinge minimamente os aspectos do indicador 3 O país atinge alguns aspectos do indicador 4 O país atinge maior parte dos aspectos do indicador 5 O país atinge todos os aspectos do indicador Média: 58 2.1 (2005 = n/a; 2007 = n/a; 2009 = 2.9) BARÓMETRO AFRICANO DA MEDIA MOÇAMBIQUE 2011