SETOR 4

4.7
Jornalistas e os respectivos órgãos de
informação possuem integridade e não são corruptos.
Os participantes desenvolveram debates relativamente longos em torno deste
indicador. Eles expressaram preocupação perante um aparente declínio dos níveis
de integridade na classe jornalística e dos seus gestores. Foi mencionado o caso
de um jornalista que, depois de expulso de um jornal quando surpreendido em
lagrante acto de corrupção (tentando extorquir dinheiro a uma família como
condição para não publicar informações alegadamente prejudiciais a ela) foi
admitido num outro jornal, onde trabalha e assina artigos. O argumento segundo
o qual práticas corruptas entre jornalistas são estimulados por baixos salários não
mereceu consenso entre os participantes.
Contudo, os participantes concluíram, que fora estas práticas isoladas, a classe
jornalística moçambicana pauta-se por altos padrões de integridade e goza de
notório prestigio na sociedade.

Pontuação:
Pontuação individual:
1

O país não atinge o indicador

2

O país atinge minimamente os aspectos do indicador

3

O país atinge alguns aspectos do indicador

4

O país atinge maior parte dos aspectos do indicador

5

O país atinge todos os aspectos do indicador

Média:

2.6 (2005 = n/a; 2007 = n/a; 2009 = 2.5)

4.8
Os níveis salariais e as condições gerais de
trabalho para os jornalistas e outros trabalhadores da
comunicação social são adequados.
Na generalidade, os salários dos jornalistas são considerados aceitáveis. Contudo,
existe uma grande disparidade de quadros salariais, quer dentro do sector público,
quer dentro do sector privado e entre as empresas. De qualquer modo, tendo em
conta o custo de vida e o risco da proissão, a grelha salarial média dos jornalistas e
outros trabalhadores ains não é adequada. Por outro lado, existe emprego precário
no sector, marcado por contratos inseguros ou por situações em que jornalistas são

BARÓMETRO AFRICANO DA MEDIA MOÇAMBIQUE 2011

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