SETOR 2

com grande atraso. As empresas jornalísticas ainda não estabeleceram um sistema
de distribuição nacional de jornais, que seja iável e eiciente.

Pontuação:
Pontuação individual:
1

O país não atinge o indicador

2

O país atinge minimamente os aspectos do indicador

3

O país atinge alguns aspectos do indicador

4

O país atinge maior parte dos aspectos do indicador

5

O país atinge todos os aspectos do indicador

Média:

1.1 (2005 = 1.1; 2007 = 1.9; 2009 = 1.8)

2.4
A independência editorial dos órgãos de
imprensa pública escrita está adequadamente
protegida contra interferência política.
A questão de se saber se existe ou não em Moçambique imprensa escrita do
sector público continua a alimentar acesos debates. Os jornais Noticias, Domingo
e Desaio são todos propriedade da Sociedade do Notícias, a qual está registada
como Sociedade Anónima, e que, como tal, rege-se pelo direito comercial – e
não pelo direito público. Contudo, o facto de o Banco de Moçambique (banco
central e emissor) ser o acionista maioritário da Sociedade do Notícias, ao lado
da EMOSE (empresa pública de seguros) e a Petromoc (a reinadora nacional de
combustíveis) – ambas de capitais públicos – faz depreender que a Sociedade do
Notícias é privada apenas no sentido formal, sendo que na essência ela é pública,
dada a natureza dos seus acionistas maioritários e do capital público que a sustenta.
Com efeito, o Presidente do Conselho de Administração da Sociedade do Notícias
é nomeado pelo Banco de Moçambique, sendo igualmente prática (obviamente
por força da posição) que seja membro do Conselho de Administração do Banco
de Moçambique. Entenda-se igualmente que a igura do Governador do Banco
de Moçambique, que preside ao Conselho de Administração, é nomeado pelo
Presidente da República, icando sobejamente claro que todos os seus actos
oiciais (incluindo a nomeação do Presidente do Conselho de Administração da
Sociedade do Notícias) os exerce em nome do Estado.
Tomando as publicações da Sociedade do Noticias nesta perspectiva, elas
integram-se no sector público da comunicação social. E, nessa perspectiva, os
participantes consideraram que continua relativamente mitigada a independência

BARÓMETRO AFRICANO DA MEDIA MOÇAMBIQUE 2011

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