State of the media in Southern Africa - 2003
de códigos de conduta garantiria a independência editorial tanto de interesses políticos como
comerciais.
O sistema de “referência crescente” era parte de um largo conjunto de políticas editoriais
expostas ao comentário público pela SABC, depois dos MP’s (Ministros do Parlamento)
rejeitarem o plano de legislação que o Ministro das Comunicações deveria determinar a política
da SABC.
Mais tarde, ocorreu uma pequena erupção no que dizia respeito em como estaria a SABC, a
reagir à controvérsia sobre políticos aparecendo em programas na corrida às eleições de 2004.
Alguns comentadores disseram haver uma tentativa em os “amordaçar” num memorando secreto
que dizia que as discussões entre partidos deveriam ser restritas a tempos de antena pequenos
controlados pela divisão de assuntos actuais e notícias. A SABC, defendeu o memorando dizendo
que apenas os seus jornalistas, em vez de qualquer outro tipo de pessoal, estavam numa posição
profissional para providenciar o balanço e perguntar perguntas informativas aos políticos.
Perto do final do ano, foram expressas preocupações quando foi nomeados uma comissão da
SABC, em alinhamento com o ANC, pelo Presidente com recomendação do parlamento. Outros
comentadores disseram que as afiliações políticas não queriam dizer que indivíduos não
conseguissem agir de forma independente na Comissão.
O jornalismo sofreu grandes solavancos durante o ano, como resultado de uma conduta muito
pouco profissional. O jornalista independente Bristow-Bovey e a editora da revista Elle, Cynthia
Vongai foram ambos expostos como plagiadores. O repórter do Sunday World, Simon Nare
alegadamente fabricou uma história de primeira página. O editor da City Press, Vusi Mona
despediu-se do seu cargo depois da companhia investigar a subida do seu conflito de interesses
com a sua co-propriedade de uma companhia de relações públicas. Subsequentemente, na
Comissão Hefer, Mona admitiu em ter sido “irreflectida” na sua publicação anterior nas
alegações de espionagem sobre o Director Nacional de Persecuções Públicas (NDPP). Ele
ainda admitiu em ter dado respostas incorrectas durante a audiência, no que dizia respeito a
outros assuntos, como a publicação de um resumo de uma gravação para informação particular
do NDPP. O quebrar do princípio cardinal de confidencialidade no que respeito ao resumo
provocou um debate sobre estes tipos de resumos. Toda esta história, de espionagem concentrou,
de forma deliberada ou não, o foro de assuntos dos jornalistas, tendo um importante papel nas
lutas políticasde uma forma geral, que comprometiam as sua independência. O assunto das
expectativas da direcção e do pessoal também veio à ribalta, com o acusar do editor do Sunday
Times, Mathatha Tsedu de tentar de “Africanizar” a edição de Kwazulu-Natal e perder o seu
mercado intermediário de leitores indianos e um grupo do pessoal rebelar-se contra a direcção.
Os Mídia não só cobria muitas histórias durante o ano de 2003, como frequentemente fazia
parte delas. Enquanto o criticismo e ameaças do governo choviam nos bastidores juntamente
com diálogos e discussões, os problemas mais dramáticos eram em particular, a falta de
diversidade e de ética, que parecia estar dentro do próprio mídia. O legado do ano é
provavelmente elevar a consciência do papel democrático e as responsabilidades profissionais
dos jornalistas.

So This Is Democracy? 2003

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Media Institute of Southern Africa

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