State of the media in Southern Africa - 2003

África do Sul
Guy Berger
Guy Berger é Professor e Chefe do Departamento de Jornalismo e Estudos dos Mídia, na
Universidade de Rhodes.

O

s mídia de África do Sul, operam num ambiente relativamente livre de pressões legais,
mas em 2003, ainda foram vistos numerosos ataques à capacidade dos jornalistas em
jogar um papel democrático.

Começando pela política, foi dada muita cobertura aos alegados casos, de corrupção de alto
nível. Num clima de constantes fugas e contornos, o Presidente Thabo Mbeki, apontou
subsequentemente, a Comissão Hefer que por sua vez citou conhecimentos fascinantes, às
agendas políticas e à sua relação para com os mídia. Num contexto onde as leis estabelecidas
estavam baseadas em factos, um Mídia pluralista garantiu que diversas vozes, - tanto dentro
como fora do poder - encontrassem lugares para publicarem livremente, mesmo apesar, de
muitas vezes sem pesquisa minuciosa. Estes tipos de coberturas robustas continuaram apesar,
de queixas furiosas por parte dos políticos que recebiam más reportagens sobre eles.
As relações entre o governo e os mídia, a nível nacional eram no entanto, cordiais, embora o
corpo dos mídia falassem muito sobre, o silêncio ensurdecedor, do Departamento de Negócios
Estrangeiros sobre o banir do Daily News de Zimbabwe. Entre a legislação e a imprensa, um
compromisso era eventualmente quebrado, por tentativas do Porta-voz recolocar
correspondentes parlamentares, em escritórios mais afastados das câmaras de debate.
O Presidente Mbeki, empreendeu críticas aos jornalistas, na “Conferência de Editores de toda
África”, que se deu em Johannesburg, organizada pelo Forum de Editores Nacionais da África
do Sul (SANEF). Os delegados aceitaram o seu ataque à “ignorância”, dos repórteres da União
Africana e de África. Eles responderam, no entanto, que ele próprio poderia fazer muito mais,
e não só pôs a responsabilidade do lado deles, para que garantissem os seus compromissos de
livre discurso, como estava vinculado na Associação da União Africana.
A Corporação de Imprensa Presidencial, foi constituída em Abril, com o objectivo de melhorar
a passagem de informações, entre o Presidente e os mídia. Mbeki, disse na altura que a sua
administração não estava, a tentar aglutinar a imprensa ao estado. Os jornalistas que se
associaram à Corporação, mostraram ter consciência dos riscos, de falha que este corpo tinha.
A SANEF, organizou encontros entre editores e três governos provinciais de forma a melhorar
a compreensão e interacção regional, mas o forum rejeitou uma proposta da Limpopo para
formar um clube entre governo e os mídia. Em Setembro, o governo de Mpumalanga pagou
por um anuncio no City Press, que relatava “a liberdade da imprensa tornou-se uma licença
para matar”. O texto acusava jornalistas de terem agendas escondidas, e afirmava que os mídia
estavam a tentar “mandar todos os oficiais negros para cadeia, incluindo o próprio Presidente”.
Na própria província, somente a pressão contínua do African News Service, é que eventualmente
reviveu a investigação às intimidações aos repórteres.
Ao nível do governo local, o conselheiro da cidade de Kimberly, ameaçou em impedir a entrada
dos mídia das reuniões do conselho, depois das publicações detalhadas de dívidas do pessoal
descritas em agenda do conselho. No entanto, desenvolvimentos encorajantes em KwazuluNatal fez com que, um oficial do governo multasse, com 1000 ZAR (rands) por intimidar um
So This Is Democracy? 2003

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