State of the media in Southern Africa - 2003 Namíbia Graham Hopwood O Sr. Hopwood é um consultor independente dos media. Ele trabalhou como jornalista na Namíbia desde 1992. S ob vários aspectos, 2003 foi um ano de estagnação para os mídia da Namíbia, mas a aparente calma avizinhava numerosos caminhos inquietantes. O mídia estatal permanecia atolado em servilismo ao governo apesar de promessas de uma nova imagem e até de ‘revolução’. As relações dos mídia independentes com o governo continuava a ser problemática, mas não se deteriorou de uma forma acentuada. Para a Corporação de Radiodifusão da Namíbia (NBC), 2003 foi um caso de que, quanto mais as coisas mudavam mais elas permaneciam iguais. A Radiodifusora pertencente ao estado completou o doloroso processo de reestruturação com cerca de 100 empregados, aceitando reduções de salário voluntárias no primeiro trimestre do ano. Em adição a isto, havia muita discussão na introdução de uma nova programação índigena (natural do país). Uma ‘nova imagem’ foi eventualmente lançada em Setembro, mas apesar do toque das trombetas, a mistura de programas e a natureza sincofântica das notícias as transmissões permaneceram no geral iguais - embora as horas de transmissão tivessem aumentado para incluir um programa televisivo de pequeno almoço. A ‘nova imagem’ seguiu com a ordem do Presidente Sam Nujoma, em Outubro de 2002, em reduzir o conteúdo de programas estrangeiros, dizendo que alguns dos quais estavam a corromper a juventude. Em Agosto, o Presidente pediu insistentemente à NBC “para parar de mostrar o programa denominado de Big Brother Africa e começar a mostrar a história da Namíbia”. Ironicamente, o Big Brother Africa (BBA) era um dos programas mais populares da NBC em 2003. Os diários mais importantes do BBA sobreviveram à ‘nova imagem ‘de Setembro, embora o programa estivesse quase a acabar, e não faria muito sentido em cortar o programa a poucos dias do seu clímax. As pressões do público (principalmente na forma de chamadas feitas a estações de rádio), também forçaram a NBC a voltar atrás na sua decisão em mudar de horário a popular telenovela Passions da sua hora inicial de 20h30m para uma abertura fora de horas (para um horário muito mais tarde). A NBC, propôs a si própria o objectivo de introduzir uma quota de 80% de programas indígenas(naturais do país) no espaço de três anos. De momento, parece que a sua principal estratégia para este objectivo é apresentar programas mostrando filmagens não editadas de dignatários a visitar o Presidente, em vez de fazer um esforço em melhorar a qualidade e a credibilidade dos programas locais. Para os finais do ano, a NBC anunciou que iria produzir programas em colaboração com a Endemol (a companhia Alemã por detrás do Big Brother ) - para desagrado dos realizadores locais independentes que estavam esperançados em receber uma parte do pacote de programas da NBC. No que diz respeito ao compromisso firme da NBC à organização do Estado, o lançamento da campanha do Instituto dos Mídia da África do Sul (MISA) na Namíbia por uma transmissora pública regulada independentemente foi oportuno. So This Is Democracy? 2003 67 Media Institute of Southern Africa