MOÇAMBIQUE em competição constante com os do sector privado. A escassez de programas educativos é igual em ambos os cenários (público e privado). Nisso, a RM ainda se esforça em fazer coisas úteis. Tanto a RM como a TVM recebem financiamento do Estado por intermédio dos contratos-programa que são assinados com o Governo, não existindo uma lei específica para isso. A situação das rádios comunitárias é particularmente delicada: elas estão sempre a pedir lei, mas não se avança. Diz-se, com alguma frequência, que os jornalistas das rádios comunitárias são animadores e não jornalistas. Não existe, efectivamente, uma legislação que garante co-existência, num ambiente saudável. Pontuação individual: 1; 2; 1; 1; 1; 1; 1; 2; 1; 1 Média: 1.2 2.5. A radiodifusão comunitária goza de promoção especial, dado o seu potencial para expandir o acesso por parte das comunidades pobres e rurais. Análise: As rádios comunitárias constam sempre dos planos anuais do Governo, o que demonstra que existe um esforço especial para a sua promoção. A questão de fundo é se elas são para o bem das comunidades pobres e rurais ou são uma extensão do serviço público de radiodifusão. É por isso que elas têm acordos com a RM e com a TVM, particularmente as ligadas ao Instituto de Comunicação Social (ICS). Existem, em Moçambique, rádios e televisões comunitárias que são sustentadas pelo Governo, outras por congregações religiosas e outro grupo que está sob a alçada de certos organismos da sociedade civil. Elas gozam, realmente, de alguma promoção. Algo preocupante é o facto de as rádios comunitárias enfrentarem inúmeras dificuldades para se licenciarem. Elas são submetidas a 12 African Media Barometer - Moçambique 2007