dos mídias e o tipo de artigos que cobrem,¡± diz o relatório da análise do levantamento de
GMMP de 2005.
O desiquilibrio não ocorre somente entre os repórteres femininos, mas existe também um
grande desequilíbrio nas fontes dos artigos.

Fontes
O jornal das Ilhas Maurícias, L¡¯ Express, publicou um artigo baseado nas famílias de dois
suspeitas de um crime de assassinato.
Os cinco indivíduos entrevistados foram mulheres, mães ou irmãs do acusado. Havia uma
fotografia do irmão de uma das suspeitas.
A análise revelou que as mulheres se apresentam em termos altamente estereótipos. Para a sua
descrição foram usadas palavras e frases tais como ¡°confusas, em estado de choque, incapazes
de conter as suas emoções, perturbadas pelos acontecimentos¡±. Por outro lado, um dos homens
entrevistados foi apresentado como um agente superior da polícia que não aprovava o que o
seu filho fazia. Este foi um exemplo para demonstração do estereótipo monstrando os homens
como seres fortes e resistentes, e as mulheres como seres emocionais e fracas. As mulheres
poderiam também ter dado a sua opinião sobre o crime, caso tivessem sido solicitadas, mas
elas foram simplesmente excluídas por serem ¡°emocionais¡±
É comum a mulher aparecer em notícias em situações de estereótipo que diferem dos homens
jornalistas. É menos provável encontrar mulheres em artigos sobre política, governação e
economia e negócio. O levantamento constatou que somente 14 por cento dos agentes noticiosos
em artigos políticos e 20 por cento em artigos de economia, são mulheres.

Género dos agentes de notícias locais, nacionais e internacionais 1995 - 2005
1995

2000

%

%

%

das mulheres

dos homens

22
14
17
17
17

%

2005
%

%

das mulheres dos homens

das mulheres

dos homens

78
86
83
83

23
17
15
14

77
83
85
86

27
19
18
20

73
81
82
80

Local
Nacional
Internacional
Estrangeira

83

18

82

21

79

Total

Projecto Internacional de Monitoria dos Mídias, 2005

No mundo de notícias, as mulheres continuam vastamente invisíveis.
Na escala mundial, o levantamento da GMMP 2005 constatou que as mulheres aparecem em
notícias não como figuras de autoridade, mas sim como indivíduos célebres (42%), leiais (33%)
ou como indivíduos comuns. O número de produtores de notícias é maior do que os produtores
masculinos somente nas categorias de caseiros e estudantes.
As mulheres raramente aparecem como autoridade ou especialistas jogando um papel fundamental. Elas aparecem jogando um papel de testemunha ocular (30%) ou apresentando a sua
opinião pessoal (31%) ou como representante da opinião popular (34%). Em contraste, 83%
So This Is Democracy? 2005

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Media Institute of Southern Africa

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