relicário, dentre outras, a liberdade de expressão e da imprensa, existem preocupações sobre
como é que estes princípios serão traduzidos em realidade. Isto é precisamente assim, porque
a nova constituição, mas além entrincheira a hegemonia política, quando o rei exerce autoridades
sobre o executivo, câmara legislativa e jurídica.
Mesmo com a constituição a providenciar as liberdades de expressão, assembleia e associação
assim como igualdades limitadas para as mulheres, o rei Mswati ainda tem-nas como sua
discreção.
Peritos em aspectos constitucionais, indicaram a existência de contradições na constituição,
especialmente com relação a carta de direitos. Elas afirmam que enquanto ela outorga liberdades
e direitos humanos fundamentais, ela também as retira. Por exemplo, a constituição reconhece
a liberdade de associação, mas, os partidos politicos continuam banidos.

Zimbabué – aplicando as armas de distruição maciça.
O governo do Zimbabué tem ao seu dispor armas de distruição maciça, para o seu uso na luta
contra a comunicação social em formas de: Acto para o Acesso à Informação, Protecção e
Privacidade (AIPPA) o acto de Emenda da (AIPPA), o acto para a Segurança e Ordem Pública
(POSA) assim como o acto para os Serviços de Radiodifusão (BSA).
O governo reforçou ainda o seu arsenal anti-Mídia com a passagem em lei criminal (o projecto
de codificação e reformas) no dia 2 de Junho de 2005, tornando assim ainda mais difícil, para
os restantes jornalistas sobreviver com a aplicação do AIPPA, POSA ao exercitar as suas
actividades de recolha de informação sem receio nem favores.
Sob as leis no AIPPA e POSA, os jornalistas agora arriscam passar 20 anos na cadeia. Um
jornalista convicto de ter violado a secção 31 (a) do acto, poderá ser condenado a um período
de cadeia, não excedendo 20 anos ou a uma multa avaliada em Z$2,5 miliões ou ambos, multa
e prisão.
A secção 33 do acto de codificação é similar em todos os respeitos à secção 16 do acto de
POSA. Lida, com “enfraquecimento das autoridades ou abuso contra o presidente”. Proíbe a
elaboração de qualquer declaração pública malígna (incluindo actos ou gestos) sobre ou
concernente ao presidente, ou presidente em exercício, se a pessoa notar que existe o risco ou
a possibilidade de traumatizar sentimentos ou hostilidades, causando assim ódio, desdém, ou
rediculiza-lo quer seja seu oficial ou na sua capacidade pessoal.
Similarmente, o acto para as emendas das leis gerais, procura apertar o POSA, com o aumento
nas multas aplicadas contra os jornalistas convictos, por ter publicado declarações, que insultem
ou menosprezem a autoridade do presidente.

Controlo definitivo –‘Mediagate’
A estratégia do governo Zimbabueano que visa silenciar a imprensa independente no Zimbabué,
está devidamente ducumentada e tem a sua face pública, através de uma gama de leis repressivas.
Todavia, o ‘Zimbabwe independent’ descobriu em setembro de 2005, a estratégia clandestina
do governo que visava tomar o controlo absoluto da comunicação social. Revelou ainda que a
organização central de inteligência (CIO), tivera aquisicionado acções de controlo em três
jornais privados, nomeadamente o Daily Mirror, The Sunday Mirror e o Gazzette, fazendo o
uso dos fundos de taxa pública. Este prospecto somente deixa três semanários - o The Financial Gazzette, Zimbabwe Standard e o Zimbabwe Independent – como os únicos jornais
So This Is Democracy? 2005

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Media Institute of Southern Africa

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