SECTOR 2 conclui-se que a mulher não está a receber um tratamento adequado e compatível com a sua supremacia numérica e importância na sociedade. Em particular, as mulheres rurais estão mais marginalizadas, não havendo espaço para elas na comunicação social. Isto é também agravado pelo facto de não haver solidariedade por parte das mulheres que se encontram em posições privilegiadas para com as mulheres mais desfavorecidas. Há algumas mudanças assinaláveis, tais como o facto de 37 porcento dos membros da União Nacional dos Trabalhadores de Angola (UNTA), a central sindical do país, serem mulheres, mas ainda há muito por fazer. Scores: Pontuação individual: 1 O país não atinge o indicador 2 O país atinge minimamente os aspectos do indicador 3 O país atinge alguns aspectos do indicador 4 O país atinge maior parte dos aspectos do indicador 5 O país atinge todos os aspectos do indicador Média: 3.8 2.8 Todos os media reflectem de forma justa as vozes de toda a sociedade na sua diversidade étnica, linguística, religiosa, politica e social. Em Angola predomina a Igreja Católica, professada pela maioria da população. Há uma certa discriminação em relação a alguns grupos populacionais minoritários, tais como os San e um grupo minoritário na província do Malange. Não há obrigatoriedade de transmissão em línguas nacionais nas rádios privadas. A Rádio nacional de Angola (RNA) tem um canal denominado Ngola Yetu (Nossa Angola), que transmite em línguas nacionais. Também a Rádio Despertar e a Rádio Luanda (LAC) têm programas em línguas nacionais, mas o seu impacto é apenas em Luanda. O artigo 11 da Lei de Imprensa faz referência a “conteúdos de interesse público”, e determina, na alínea a) do parágrafo 1, o interesse público como sendo em parte a contribuição “para consolidar a Nação Angolana, reforçar a unidade e identidade nacionais e preservar a integridade territorial”. 32 BARÓMETRO AFRICANO DA MEDIA ANGOLA 2010