Zapiro tinha-os desenhado com aspecto de um bando de ladrões comuns, todos olhando para
o seu mestre a medida que este se preparava para o estrupo com a mão na fivela , estava aberta
e pronta para o ataque. O chuveiro constante do desenho, anexado à cabeça da imagem de
Jacob Zuma, parecia mais fálico do que ela geralmente parece. A implicação foi clara: a justiça
estava sendo violada pela campanha que o ANC e seus aliados estavam empreendendo contra
os tribunais que estão julgando Zuma nas várias acusações de corrupção e extorsão.
Publicado no Sunday Times em Setembro de 2008, o cartoon causou um furor pois catalisou um
debate sobre até que ponto se pode admitir a publicação de cartoon sem que seja difamatória.
Zapiro enfrentou uma tempestade de fogo, mesmo dos simpatizantes como analistas políticos
Sipho Seepe e Xolela Mangcu que acharam que ele havia exagerado. O ANC ameaçou processalo e o clima já impetuosa chamejou.
Na sexta-feira seguinte, Zapiro voltou a publicar um cartoon.Desta vez, no Mail&Guardian,
desenhou uma imagem gémea, desta feita uma bolha da palavra de Zuma dizia:”Com respeito…”.
Uma vez mais, a implicação foi clara: durante toda a semana, o ANC protestara que respeitou o
judiciário e o resultado dos julgamentos. No mesmo dia que se publicou o segundo cartoon, o
juiz do Tribunal Supremo Chris Nicholson acusou o Zuma e reivindicou que tinha sido sujeito
a uma conspiração política.
O ANC foi era extática e fora do tribunal, a Vice-presidente Baleka Mbete atacou Zapiro e acusao de racismo. O incidente endureceu o laureado cartoonista cujo o trabalho é frequentemente
ambíguo agora com raiva; é muito gritante do papel que desempenhado como gracejador do
tribunal para o partido no poder que sempre apoiou. Os cartoonists existem para impulsionar
a cobertura e alegria, sem dívida, uma liberdade de expressão mais elevada do que os outros
jornalistas, ditos advogados da liberdade dos medias.Trata-se de espaço digno de acompanhamento especialmente por que tudo indica que Jacob Zuma em 2009 vai-se tornar o presidente.

E agora para o boletim da noite
Media Tenor, a companhia da revista de imprensa, constatou que a SABC sofreu um entalhe
maciço a sua reputação se o registro do negativo contra a publicação positiva for aceite. Durante
todo 2008, o SABC empenhou-se numa batalha destrutiva com o seu Director Executivo Dali
Mpofu que foi suspenso e mais tarde exonerado pelo Presidente do Conselho de Administração
Kanyisiwe Mkhonza. Mpofu enfrentou o Conselho de Administração em tribunais e o ano
seguiu um padrão de reinstalação e suspensão.
Mpofu disse que era a vítima da interferência política exercida através da Conselho de Administração do ex- presidente Thabo Mbeki. Encontrou um aliado nesta afirmação na comissão
parlamentar das comunicações do ANC que usou o interregno após a demissão de Mbeki para
tentar mudar o Conselho de Administração que o ex-presidente tinha nomeado os diversos associados e aliados favorecidos. A Proposta de Emenda da Rádio e Televisão procurou conferir
poderes de contratacao e despedimento ao parlamento mas a sociedade civil opôs a proposta
porque achou-a ser oportunista.
Na altura da elaboração, não tinha sido aprovada. Prevê-se um ano de retrocesso na SABC
porque o PCA Gab Mampone está exercendo o cargo interinamente, o Director de operações
está também exercendo o cargo interinamente enquanto o Conselho de Administração está
sendo e processando por dois queixosos descontentes por este papel importante.
Constitui-se uma coligação salvemos a nossa SABC para influenciar a transformação deste
canal através das mudanças à legislação e à advocacia do público. Trata-se de ampla frente de
So This Is Democracy? 2008

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Media Institute of Southern Africa

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