O caso em questão ocorreu quando o Secretária Permanente do Ministério da Informação e Comunicação, Emmanuel Nyirenda, no dia 12 de Setembro de 2008 instruiu todas as estações de rádio e televisão tanto comerciais quanto comunitárias, a desistir dos programas interactivos via telefónica ao vivo que envolvem membros do público afirmando que, algumas estações de rádio realizavam programas políticos cuja cobertura mostrou-se desequilibrada e, em alguns casos, imparcial aos partidos políticos durante as campanhas eleitorais. Outro momento registou-se quando aos 20 de Outubro de 2008, James Kapita, o 1 Secretario Provincial do Movimento para a Democracia Multipartidária (MMD), partido n o poder instruiu o director de programas de rádio da estação do FCC de Solwezi parar deixar de publicitar propaganda política dos partidos da oposição e ameaçou-o revogar a sua licença uma vez que, o partido no poder venceu as eleições presidenciais. Além das ameaças uma estação de rádio foi reduzido a cinzas por um incêndio tendo se destruído o seu material de estúdio e a biblioteca. Apesar das ameaças ou sugestões para que os programas ao vivo sejam interrompidos nas estações de rádio privadas e comunitárias, a ZNBC foi enfrentado com a crítica contínua na maneira como cobria os partidos políticos participantes da campanha da eleição presidencial. Por exemplo no dia 25 de Setembro de 2008, um partido da oposição, a Frente Patriótica, PF ameaçou instaurar processos contra a ZNBC se esta não cobrisse actividades de campanha do PF de maneira imparcial e profissional. De um modo geral as estações de rádio e televisão privadas têm um bom desempenho em termos de acessar os partidos políticos da oposição e de vozes da sociedade civil. Mas por causa destas vozes anti-governamentais nestas estações, regularmente estão sob o fogo do governo numa acção que visa silenciar tais opiniões. Imprensa escrita Presentemente existem três jornais diários de maior circulação na Zâmbia,The Post Newspaper, Zambia Daily Mail, e The Times of Zambia. Publicam-se também alguns semanários e de alguns jornais irregulares em tabloid. Durante as eleições presidenciais de 2008, o jornal The Post foi talvez o único que sofreu mais ameaças do governo seguido pelo Zambia Daily Mail. Isto se pode também atribuir a posição altamente anti-governamental tomada na sua cobertura das eleições e um aparente apoio aberto a um candidato da oposição, Michael Sata da Frente Patriótica. Em termos da cobertura imparcial, todos os jornais de maior circulação foram bastante culpados pelos preconceitos abertos para com os seus candidatos preferidos com os media públicos favorecendo claramente o candidato do partido no poder. Os jornalistas dos media públicos enfrentaram também ameaças de despedimentos se não publicassem artigos em apoio ao partido no poder, MMD. Quanto ao The Post Newspapers, estes sofreram ameaças de encerramento se o partido no poder ganhasse a eleição. Os repórteres do jornal sofreram numerosos assédios dos quadros do partido e dos funcionários do partido no poder. Para além das violações da liberdade dos media que caracterizaram o período eleitoral, o sector continuou a enfrentar dificuldades económicos tais como o elevado custo de produção. Vários jornais privados continuaram a esforçar-se por esta causa e devido aos capitais inadequados e altos impostos sobre os insumos. So This Is Democracy? 2008 -118- Media Institute of Southern Africa