A RNCV oferece uma programação diversificada, rica e que abarca diversos
pontos do território nacional. Além disso programas de debate com larga
audiência e específicos para os diversos públicos-alvo fazem dele um
verdadeiro órgão de serviço público. Acresce-se a isso o facto de ter
correspondentes em quase todos os concelhos do país, fazendo chegar a
informação no em tempo real a todos os cabo-verdianos. Aqui, um pequeno
reparo aos conteúdos que bem podiam ser mais inovadores, acompanhando
melhor a dinâmica do país e os novos desafios que se colocam a Cabo Verde,
nomeadamente o seu público jovem. Do ponto de vista dos conteúdos, estes
decorrem das determinações dos Conselhos de Programação muito pouco
eficazes e que sem estudos nem suporte técnico para acompanhar a evolução
das audiências, novos conteúdos, novos públicos alvo, funcionam mais na
lógica do improviso ou do deixa andar. Em relação à televisão pública, a sua
programação é menos diversificada, e o seu serviço é tal que só pode ser
aceitável num país onde os direitos dos consumidores não são respeitados. A
televisão está longe, de cumprir com o seu papel de informar com qualidade,
de educar com eficiência, e de servir como uma opção a mais no acesso ao
conhecimento. Só para citar alguns exemplos: Concentrando-se na capital
Praia e andando atrás dos políticos e dirigentes nacionais, dá antes de mais à
população cabo-verdiana uma programação oficiosa do centro do poder, com
Workshops, seminários, conferências e actos oficias. Muitas questões do dia-adia são relegadas para o esquecimento.
Pontuação Individual: 3, 2, 3, 4, 3, 3, 3, 2, 3.
Pontuação Média: 2. 8

3.11 A Emissora pública oferece informação equilibrada e justa que reflecte o
espectro completo de opiniões e pontos de vista diversos
ANÁLISE:
A rádio pública, pelo serviço que deve prestar por força do seu estatuto, tem
que reavaliar o seu papel e reestruturar a sua programação para entrar na
concorrência como um meio de comunicação que, ainda por cima, tem imagem
e que, normalmente, reúne toda a família à volta dele. Ademais, é o órgão que
mais gente emprega no país, dezenas de jornalistas, correpondentes, pessoal
técnico, etc; tendo por isso a obrigacão de fazer este grande exército render
mais. Caso isto não for feito, todo o investimento no sector corre o risco de
deixar de render.
O momento reflecte os problemas estruturais da televisão. Pouco tempo de
televisão, programação local quase inexistente.

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