SETOR 2

2.10 O governo não recorre aos seus poderes no
que respeita à colocação de publicidade como meio
de interferir sobre os conteúdos editoriais dos órgãos
de informação.
Alguns participantes sustentaram que por omissão, o governo recorre aos seus
poderes no que respeita à colocação de publicidade como forma de interferir com
os conteúdos dos órgãos de informação. Ou seja, a canalização da publicidade do
Estado em exclusivo para o diário Noticias, acaba por interferir, de forma indirecta,
sobre os conteúdos das publicações que são excluídas, simplesmente pelo facto
de distorcer o mercado publicitário e ameaçar a sustentabilidade destas últimas.
Contra o argumento de que o Estado canaliza os seus anúncios ao jornal de maior
circulação, foi indicado que o jornal A Verdade, com circulação auditada, não
beneicia da publicidade de entidades públicas.
Por outro lado, a assinatura de memorandos de entendimento entre instituições
do governo e órgãos de comunicação do sector público foi considerada como
uma forma de interferência nos conteúdos editoriais destes, na medida em que
tais memorandos vinculam estes órgãos a cobrir preferencialmente actividades
daquelas instituições, certamente numa perspectiva positiva.

Pontuação:
Pontuação individual:
1

O país não atinge o indicador

2

O país atinge minimamente os aspectos do indicador

3

O país atinge alguns aspectos do indicador

4

O país atinge maior parte dos aspectos do indicador

5

O país atinge todos os aspectos do indicador

Média:

2.3 (2005 = 1.3; 2007 = 4.7; 2009 = 2.5)

2.11 O mercado da publicidade é suicientemente
grande para dar sustentabilidade a uma diversidade
de órgãos de informação.
A banca comercial, hoje composta por 16 bancos, tem estado a surgir como o
principal anunciante junto dos media, superando as empresas de telefonia
móvel, que tinham sido antes os principais impulsionadores da publicidade na

BARÓMETRO AFRICANO DA MEDIA MOÇAMBIQUE 2011

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