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somos jogados”, disse ela. 9 O ANC mostrara o seu padrão de paranóia nas suas
reacções. O mesmo padrão foi evidente
com o porta-voz da presidência, Mac
Maharaj, na reacção ao relato do Mail
& Guardian sobre alegada corrupção no
concurso para a provisão de transporte e
sobre contas bancárias suíças.
Processos-crime contra jornalistas: 26 de Júlio de 2012: o editor da
M&G Nic Dawes e os jornalistas amaBhungane Stefaans Brummer e Sam Sole
foram acusados de “roubo” de registos
confidenciais e divulgação de informações pelo que seriam condenados a
15 anos de prisão após terem publicado
uma notícia em Novembro de 2011, alegando que Maharaj e sua esposa receberam grandes somas de dinheiro como
resultado do negócio de armas. A histeria começou com falsas acusações de
roubo contra jornalistas, e alastrou-se à
remoção de programas da emissora televisiva pública (a SABC, apelidada emissora do partido no poder) quando forem
muito críticos.
Politização do SABC: A tensão
entre a liberdade de expressão e direito
à dignidade foi minimizada quando o
SABC descobriu que os desenhos animados do cartunista popular, Jonathan
Shapiro “Zapiro” eram, para o Presidente
Zuma, grandes “insultos”. Assim, na primeira semana de Dezembro de 2012,
o SABC rejeitou uma entrevista pré9 Ela fez este comentário por ocasião do
lançamento do livro Fight for Democracy: The ANC
and the Media in SA [A Luta pela Democracia: o
ANC e os Órgãos de Comunicação Social], aos 10 de
Outubro de 2012, na Universidade de Wits, à qual
foi convidada a discursar.



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gravada com o cartoonista. “Nós somos
muito sensíveis sobre os direitos e dignidade de todos os e por isso não podemos
fazer essa entrevista. Zapiro deve fazer o
que ele faz de melhor, mas discordamos e
não podemos endossar os seus desenhos
animados na nossa plataforma”, disse o
Director Executivo Hlaudi Motsoeneng.10
Shapiro disse que ele foi posto na “lista
negra” pela terceira vez. As outras duas
ocasiões foram na rádio SABC: Metro FM
e 5FM.
Num outro incidente de censura ainda do SABC aos 7 de Novembro de 2012,
o supervisor das notícias, Jimi Matthews,
incluiu na lista negra dos seus jornalistas
o uso do termo “Nkandlagate” nos seus
relatórios. O termo descreve a avultada
soma de R280 milhões (cerca de US$ 30
milhões), para construção da casa de
Zuma em KwaZulu-Natal.
Em 2012, a SABC, o maior órgão de
comunicação social do país, ia de crise
em crise (gestão, liderança, concelho
directivo e finanças). Esta parecia ser a
posição da Coligação SOS, que foi criada
para monitorar o papel do SABC, focar a
luz sobre a corrupção, proceder a revisão
da política de difusão, e tentar guiar a
instituição de modo a tornar-se uma
emissora pública, em vez de uma boca de
aluguer de um partido.
Em seguida, houve novas preocupações quando o SABC indiciou estar
de mãos dadas com o benfeitor do ANC,
A Nova Era (TNA), na realização dos chamados “pequenos-almoços de negócios”
10 M&G: Zapiro cartoons too insulting for SABC
[Desenhos animados de Zapiro insultuosos de mais
para o SABC]: 14-20 de Dezembro de 2012.

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