O ano 2005 foi histórico porque marcou o fim da governação de 15 anos do Presidente Sam Nujoma, e a tomada de posse de uma nova administração sob a liderança do seu sucessor o Presidente Hifikepunye Pohamba. Os eventos que levaram a mudança do poder e o desempenho da administração do Presidente Pohamba constituiram o centro das atenções da cobertura política. A atenç��o dos mídias concentrou-se, dentre outros, na administração de Pohamba, caso seria de continuidade, de mudança ou de divisão dentro do partido no poder, em sequência da demissão do então Ministro do Comércio e Indústria Hidipo Hamutenya, que concorreu com o Pohamba na conquista da presidência, e cujos os seus apoiantes foram afastados por Nujoma. A declaração do novo chefe de estado sobre a não tolerância contra a corrupção no seu discurso inaugural, levantou a questão se ele estava publicamente a admitir que sabia até que ponto a corrupção tinha fomentado durante a administração de Nujoma, por conseguinte, grande parte da cobertura dos midias em 2005, concentrou-se em dois casos grande de corrupção expostos aos mídias. Aumento dos ataques contra os mídias Os mídias independentes foram criticados pelos Deputados e grupos extra parlamentares várias vezes durante o ano. Os ataques foram desconcertados porque mostraram falta de entendimento do papel dos midias numa sociedade democratica, 15 anos depois da independência. As críticas dos proprietários brancos continuaram a desestabilizar o governo e foi um tema repetitivo em muitos destes ataques. Estas questões variaram a partir do papel dos mídia como ¡°organizações fiscais¡±, o privilégio parlamentar que os mídias gozam, as cartas dos leitores e columas editorais. O primeiro ataque contra os mídias ocorreu em Fevereiro, quando o governo reagiu contra a chamada prática jornalística ¡°anti-ética, irresponsável e insensível¡±. As acusações ocorreram em sequência da publicação pelo diário em Afrikaans, ¡°Republikein¡± da carta de um leitor que criticava o Presidente Sam Nujoma. Esta não mereceu somente uma resposta ministerial, a carta foi discutida a nível do governo e demonstrou o nível de intolerância de qualquer crítica contra o Presidente Sam Nujoma. A Liga Juvenil do Partido Swapo (LJPS) aproveitou esta oportunidade para continuar a desencadear uma guerra de palavras contra os mídias independentes. O Secretário da LJPS, Paulus Kapia, acusou o diário The Namibian, o diário Republikein e o semanário Windhoek Observer de serem inimigos da paz e segurança na Namíbia. Kapia, no seu ataque caústico criticou que os três jornais ou careciem de ética ou deliberadamente a obedecer orientações dos imperialistas. Na qualidade de Presidente da Swapo, Sam Nujoma criticou fortemente os jornais Republikein e o Windhoek Observer no fim de Novembro, por terem publicado artigos que diferem da sua versão, sobre quem foi o responsável pela morte de várias centenas de combatentes da PLAN (Exército de Libertação da Namíbia) nos primeiros 09 dias de 1989. Sam Nujoma, proferiu as suas ameaças habitualmente repetidas ¡°lidar com os adversários¡±depois da reactivação do debate sobre a descoberta de várias sepulturas comuns no Norte da Namíbia poucos mêses antes. Em resposta ao ataque destes jornais contra Nujoma, o Secretário para Informação Elijah Ngurare, afirmou no princípio de Dezembro que os abusos de liberdade de imprensa na Namíbia, atingiram níveis intoleráveis. Ele também apelou ao governo para aprovar leis que penalizem aqueles que abusam da liberdade de imprensa. Apesar do facto que o Artigo 21 (1) (a) da Constituição Namibiana explicitamente garantir a So This Is Democracy? 2005 -92- Media Institute of Southern Africa