O papel da magistratura e dos Mídia como pilar da democracia constitucional, foram realçados em 2005, sendo assuntos da liberdade dos mídia executado nos tribunais e orgãos estatutários à nível do país. E, de uma forma crescente, ambas instituições começaram a apelar ao público para abraçar-los – notando que a liberdade dos Mídia e a independência da magistratura estavam garantidas na constituição. Em Janeiro, o MISA da África do Sul, apresentou a sua preocupação pela “intolerância” ao criticismo e opiniões alternativas, exibida pelo Congresso Nacional Africano (ANC). No seu boletim electrónico, ANC Today, o partido no poder, acusa a imprensa Sul Africana de propagar falsidades sobre o presidente, o ANC e o governo. Essa intolerância já tinha sido notada antes, tendo sido chamada “elite” – aqueles individuos que criticam o governo. O MISA-Africa do Sul vê essa irrisão de diversidade de opiniões contrariamente aos valores primários da democracia, particularmente a liberdade de expressão e dos Mídia, garantidas na constituição Sul Africana. Ao longo da fronteira, as autoridades Zimbabueanas recusaram a passar a acreditação a estação da rádio 702 e a rádio 567 da Cidade do Cabo, sedeadas na Africa do Sul para cobrir as eleções gerais de Março. Não houve razões para a recusão, as autoridades Zimbabueanas simplesmente descreveram as rádios de serem “hóstis”. Voltou a registar-se intolerância mas uma vez em Maio, quando os repórteres da rádio Sul Africna (SABC), foram barrados de reportar sobre o voto do orçamento do governo para Lebowakgomo, legislado da província de Limpopo. Duas semanas antes, Jack Mokobi, o conselheiro do presidente do conselho, Sello Moloto, invadiu furiosamente os escritórios da rádio em Polokwane, onde se queixou sobre a maneira “dura” apliacada pelos jornalistas nas intrevistas com os políticos. Mokobi, exigiu a demissão de Willie Mosoma, da rádio FM Thobola, onde exerce a função de apresentador. Mokobi, alegadamente acusou Mosoma de tomar partes à favor de uns, contra os políticos do partido no poder. Subsequentemente, a SABC reuniu-se com os oficiais provinciais. Informou ainda o MISA Africa do Sul, que os seus repórteres deverão fazer cobertura de uma agama de material na província, dentro dos princípios jornalisticos aceites e do código público editorial da radiodifusão. A investigação do jornal Mail & Guadrian sobre o escândalo corrupto denominado “Oilgate” foi descrito como um dos principais casos do ano desvendado por jornalistas. O semanário Scoop revelou como é que Imvume Management recebeu 11 miliões, do fundo público a partir da empresa petrólifera estatal PetroSA e doou-o ao ANC, pouco antes das eleições gerais de 2004. Esta investigação levou a justiça a um pugilismo entre o jornal, a empresa privada e algumas agências do governo. Em causa estava o direito a privacidade da empresa contra o direito a liberdade dos Mídia. Em maio, depois de várias coberturas feitas pelo o Mail & Guardian, um juiz do tribunal de Joanesburgo, baniu qualquer cobertura do caso Imvume ou “oilgate”. O MISA-Africa do Sul e o Projecto de monitoramento dos Mídia (PMM) expressaram profunda preocupação pelo julgamento passado, porque o mesmo abriria portas para aqueles que procuram impedir os jornais a publicar artigos sobre as suas condutas irregulares e equívocas. Este tipo de censura legal da comunicação social é vista pelo MISA como um pre-cursor para mutilação da liberdade de expressão. Em julho de 2005, o protector público Lawrence Mushwana, divulgou um relatório que ilibava de culpa o governo e empresas estatais envolvidas. Mas para o governo, tudo estava encerrado. Comentando sobre o caso, Joel Netshitenzhe, o chefe do departamento das comunicações do So This Is Democracy? 2005 -101- Media Institute of Southern Africa