SECTOR 4

Os participantes foram também de opinião de que muitas vezes a adjectivação é
que faz alguns jornalistas distanciarem-se da isenção, levando a sociedade civil a
concluir que o jornalismo faz-se com base em duas visões:
a) O sector público, que dá primazia à protecção do governo e do partido no
poder; e
b) O sector privado, que não tem limites.
Na opinião dos participantes a postura defensiva que se verifica nos órgãos do
sector público resulta nos excessos que muitas vezes caracterizam a comunicação
social do sector privado. Às vezes os jornalistas do sector público dizem que não
podem cobrir certas matérias, sendo por essa razão que o público geralmente
excusa-se de dar dicas a jornalistas do sector público, entendendo que estes tendem
a furtar-se das suas responsabilidades públicas.
Mais uma vez foram referenciados os casos dos tumultos em Moçambique e da
greve prolongada dos funcionários públicos na África do Sul, acontecimentos
que foram alvo de um blackout total nos órgãos de comunicação social do sector
público.
Disseram que a sociedade civil questiona o conceito de interesse público, dando
como exemplo o caso da atribuição do Prémio Nobel da Paz 2010 a um dissidente
chinês, assunto que foi alvo de um editorial do Jornal de Angola, questionando a
integridade dos promotores do prémio.

Scores:
Pontuação individual:
1

O país não atinge o indicador

2

O país atinge minimamente os aspectos do indicador

3

O país atinge alguns aspectos do indicador

4

O país atinge maior parte dos aspectos do indicador

5

O país atinge todos os aspectos do indicador

Média:		

52

2.1

BARÓMETRO AFRICANO DA MEDIA ANGOLA 2010

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