SECTOR 3

3.10 A radiodifusão estatal/pública oferece nos seus
boletins noticiosos e de informação geral informação
equilibrada e equitativa, reflectindo o espectro
completo dos diversos pontos de vista e opiniões.
Conforme já havia sido dito, há diversidade de conteúdos e de programas.
Mas esta diversidade não abrange a esfera opinativa, onde apenas predominam
opiniões favoráveis ao partido no poder. Os participantes disseram durante a
Mesa Redonda que os órgãos de radiodifusão públicos têm regulamentos internos
próprios, mas estes geralmente não são observados. Sublinharam também o
facto de que jornalistas destes órgãos, que tenham uma tendência critica nas suas
abordagens informativas, tendem a ser aconselhados a não participar nas reuniões
de planificação editorial dos seus respectivos órgãos. Há muita filtração de
informação, sendo excluída aquela que se considere lesiva aos interesses do partido
no poder. Exemplo foi dado em relação aos tumultos de 1 e 2 de Setembro de
2010 em Moçambique, os quais não foram reportados nos órgãos públicos. Estes
acontecimentos só foram reportados à posteriori, depois do governo moçambicano
ter anunciado as medidas de mitigação do custo de vida, o qual tinha sido a
principal causa das manifestações. O outro caso foi das demolições de casas no
Lubango, cujo silêncio só foi quebrado pela divulgação da informação nos órgãos
do sector privado.

Scores:
Pontuação individual:
1

O país não atinge o indicador

2

O país atinge minimamente os aspectos do indicador

3

O país atinge alguns aspectos do indicador

4

O país atinge maior parte dos aspectos do indicador

5

O país atinge todos os aspectos do indicador

Média:		

1.2

3.11 A radiodifusão estatal/pública oferece conteúdo
local diversificado e criativo quanto economicamente
possível.
Há equilibrio em termos de diversificação dos boletins noticiosos. As rádios nas
províncias podem enviar notícias de carácter nacional aos estúdios centrais em

BARÓMETRO AFRICANO DA MEDIA ANGOLA 2010

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