das de rádios comunitárias. No entanto, a Rádio Moçambique não difunde as notícias de modo independente. As suas notícias seguem de perto a agenda do governo. Os boletins de notícias abordam muito as actividades do presidente. O rádio muitas vezes entrevista ministros sobre políticos e suas pastas. Os políticos da oposição e outros críticos do governo, raramente são ouvidos. A ausência de uma lei para regular o acesso de políticos da oposição à rádio pública dá a entender que o partido no poder beneficia-se mais da Rádio Moçambique do que os políticos da oposição. Por outro lado, o vazio jurídico urge a aprovação da Lei da Radiofusão que restauraria a justiça no acesso público à rádio e TV de modos a estarem ao serviço de todos. A penetração da internet é ínfima. Há actualmente 1.011.185 usuários da internet, segundo as estatísticas de 30 de Junho de 2012. Isto equivale a 4,3% da população, por IWS. Há quase 362 560 usuários do Facebook segundo dados disponíveis a 31 de Dezembro de 2012; quase 1,5% de penetração. A despeito desta limitação, as redes sociais tornaram-se espaços alternativos para a troca de informações e discussão de temas sobre o país. Felizmente, ninguém foi preso ou detido como resultado de seus pronunciamentos públicos (http://www. internetworldstats.com/africa.htm#mz) ital, cuja implementação está a cargo do Ministério dos Transportes e Comunicações, e que seria gerido directamente pelo Instituto Nacional de Comunicações. Criou-se também uma comissão de implementação, composta por peritos que representam instituições e interesses diversos. De modo geral, importa ressaltar que o processo de migração está, em grande parte, atrasado e espera-se problemas graves em relação ao cumprimento dos prazos estabelecidos internacionalmente. A estratégia em si carece de uma visão clara sobre o compromisso político do governo. E quanto ao processo todo, a estratégia em si continua incerta e hesitante sobre questões cruciais como o financiamento da migração, tanto no respeitante aos sistemas de transmissão, bem como à recepção por parte dos consumidores, incluindo a perspectiva de regulamentação. Carece também de uma estratégia robusta de informação e educação sobre o processo. Faltando apenas três anos para o fim do prazo, conclui-se que Moçambique está longe de cumprir os prazos e susceptível a ser afectada pelo esgotar do tempo. 6LQDLVHQFRUDMDGRUHV O governo moçambicano anunciou em Agosto de 2012 que o país já tinha uma estratégia para a migração dig- Há em Moçambique quase 50 “associações e organizações pro-média”. Nenhuma delas dedica-se à formação de jornalistas, salvo os colégios de jornalista. Por outro lado, existem associações de órgãos de comunicação social emergentes que demonstram interesse em melhorar o profissionalismo e habili- 6R7KLVLV'HPRFUDF\" 6LQDLVSUHRFXSDQWHV