timista, os profissionais da comunicação
social e da sociedade civil solicitam
reformas legais no sector da comunicação social e fazem esforços no sentido
de ter-se um panorama jurídico mais
pragmático sobre Liberdade de Imprensa,
Liberdade de Expressão e Direito à Informação, porque as actuais lacunas legais
representam sérios desafios para o pleno
gozo destas liberdades.
De modo geral, o cenário actual da
comunicação social é caracterizado por:
a) Uma lei de imprensa em vigor há 20
anos, cuja revisão há muito encontra-se estagnada;
b) A aparente indecisão sobre a possibilidade de se introduzir ou não a
carteira Professional de jornalista
(que provavelmente depende da revisão da Lei de Imprensa);
c) A inexistência de uma lei de difusão que está sendo elaborada pelo
GABINFO e cujo conte��do é ainda
desconhecido;
d) O desafio da migração tecnológica
do analógico para o digital (até
2015), que garante inclusive o acesso à informação por pessoas comuns
e) A ausência de uma lei de acesso à
informação, cujo projecto já foi apresentado ao Parlamento em 2005;
f) A persistência de vícios de inconstitucionalidade por omissão legislativa, i.e., a existência de direitos
constitucionais que ainda não são
usufruídos por falta de legislação ou
regulamento específico;
g) A existência de leis que restringem a
liberdade de expressão e de imprensa
(as chamadas leis anti-média ).

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A revisão da Lei de Imprensa
começou em 2006. O processo está sendo liderado pelo Gabinete de Informação
de Moçambique (GABINFO), com a participação do Sindicato Nacional de Jornalistas (SNJ), do EDITMOZ (Fórum dos
Editores de Moçambique), do Instituto
de Comunicação Social da África Austral
(MISA-Moçambique) e da Associação de
Empresas Jornalísticas (AEJ). Previu-se
que a revisão teria chegado ao fim em
2007, mas, desde então, não tomou-se
nenhuma acção.

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Um dos temas de maior interesse e
controvérsia tem a ver com a introdução
da carteira profissional. A proposta
sugere que uma carteira profissional
deve ser um pré-requisito para que alguém trabalhe como jornalista. Esta
carteira deverá ser emitida pelo Governo
com base em propostas de organizações
de comunicação social.

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Uma das maiores lacunas legais
no sector da comunicação social em
Moçambique está no sub-sector da difusão. A Lei de Imprensa vigente concentra-se quase exclusivamente na imprensa. Portanto, não há regulamentação
específica para a rádio, televisão e outros
meios de comunicação social como a rá



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