de rodas; lamentou que a escola não
tinha construído uma rampa para deficientes físicos em conformidade com a
Lei dos Direitos das Crianças Moçambicanas de 2008. A escola mais tarde expulsou o aluno, alegadamente por causa
do desempenho académico e outros motivos. Os pais disseram que a expulsão
foi em retaliação à sua queixa de que os
deficientes não conseguem ter acesso à
escola. O advogado da escola primária,
António Jorge Ucocho, apresentou uma
denúncia acusando Chabane, que também é um repórter de TVM, de difamação
tanto da escola como de si próprio e por
“abuso da liberdade de imprensa,”. O relato do jornalista incluía actualizações
diárias sobre o número de dias durante
os quais Binda estava ausente da escola.
Moçambique não tem lei de acesso
à informação, o que dificulta o acesso à
informação oficial não só aos jornalistas,
mas também aos próprios cidadãos. As
instituições do Estado são geralmente
consideradas as menos transparentes e
as menos credíveis. A aprovação da lei
de acesso à informação e a sua regulamentação têm o potencial de reduzir esse
aspecto negativo, se for debatida e aprovada ainda em 2013.

Embora a Lei de Imprensa de 1991
tenha liberalizado o direito de propriedade dos meios de comunicação social, a mesma proibiu a publicação de
relatórios difamatórios sobre o presidente ou qualquer outro chefe de Estado
estrangeiro em visita a Moçambique,
mesmo quando tais relatórios estivessem

revestidos de verdade. Nos últimos anos,
o governo tem muitas vezes invocado
este disposto legal para reprimir jornalistas (INFOsaid, 2012).
O governo não censura abertamente
os órgãos de comunicação social, mas
muitas vezes utiliza outras formas mais
subtis para limitar a crítica.
Há quase quatro estratégias que o
governo usa para fazer isso:
a) Uma delas é remover a publicidade
do sector público de publicações que
tenham mensagem com que não
concorda. Uma vez que o negócio
dos órgãos de comunicação social
depende essencialmente da publicidade e o Estado é o maior cliente, a
publicidade é o principal meio utilizado pelo governo para “disciplinar”
os órgãos de comunicação social
aparentemente irreverentes.
b) Por outro lado, o governo muitas
vezes “recompensas” publicações
que suportam a linha oficial com
publicidade abundante. Um dos
dois exemplos paradigmáticos pode
ser o jornal @ Verdade, que é distribuído gratuitamente aos cidadãos.
Ao contrário do jornal Noticias que
monopoliza os anúncios do governo,
o jornal @ Verdade dificilmente recebe publicidade do governo.
c) Os jornalistas são frequentemente
convidados a acompanhar altos funcionários do governo em digressões
nacionais e em missões no exterior.
d) O governo custeia as viagens, alojamento e alimentação dos jornalistas e concede-lhes uma diária que
às vezes é mais do que seu salário
mensal (INFOasAid, 2012). Em vista



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