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à apresentação do Ante-Projecto de Lei
Liberdade de Informação, que o então
vice-ministro da Informação, Jameson Timba, prometeu em 2010. O maior
progresso registado foi a apresentação,
pelo Deputado Settlement Chikwinya,
do Ante-Projeto de Lei a todas as partes
intervenientes.
Contudo, o projecto-lei foi amplamente condenado pelos intervenientes
mediáticos, segundo os quais o referido projecto era réplica da AIPPA, que
criminaliza a profissão e mantém as disposições não-democráticas e impede a
liberdade de expressão.
A regulamentação legal mediática
sob o AIPPA e através da Comissão
Mediática do Zimbabwe (ZMC) continuou em vigor com a Comissão, em setembro de 2012, avançando com a criação
do Conselho Disciplinar Mediático.
O mandato do Conselho será o de
desenvolver e aplicar um código de conduta e ética que permita à Comissão
punir jornalistas e instituições mediáticas infratores. Não é democrático que os
governos busquem controlar as actividades mediáticas decidam sobre os códigos de conduta para a indústria além do
papel estritamente administrativo. Tais
leis podem e são usadas para reprimir o
debate livre e silenciar as vozes críticas
da sociedade.
Pode chegar-se à conclusão de que
este desenvolvimento é um flagrante
desrespeito à Declaração de Banjul sobre
os Princípios de Liberdade de Expressão
na África e as preocupações da Comissão
Africana dos Direitos Humanos e dos
Povos (ACHPR), sobre manter leis como
AIPPA.



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O Relator Especial da ACHPR sobre
a Liberdade de Expressão e Acesso à
Informação na África, advogado Pansy
Tlakula, em novembro de 2012, falando
à Rádio VOP, numa entrevista exclusiva,
que o Zimbabwe deve revogar leis como
a AIPPA e a POSA que continuam a dificultar o trabalho dos órgãos de comunicação social.
“A nova Constituição não resolverá todos os problemas; mesmo depois
da sua entrada em vigor, haverá que
enfrentar todas as leis que impedem a
expressão como a AIPPA, POSA e todas
as outras leis que não estão em conformidade com os instrumentos regionais
e internacionais que o Zimbabué ratificou”, disse Tlakula.
A Declaração de Banjul diz explícita
e inequivocamente: A auto-regulação é
a melhor a bordagem para incutir profissionalismo nos meios de comunicação.
Esta posição não pode ser mal-interpretada, pois é auto-explicativa na sua explicitação.
Leis como a AIPPA, Lei da Transmissão, Lei Penal (Codificação e Reforma),
Lei dos Segredos Oficias, Lei de intercepção das comunicações (ICA), só
servem para perpetuar o controlo estatal
sobre a actividade dos média como ferramentas para amordaçar os meios de
comunicação independentes.
A ferramenta mais favorecida, ao
que parece, tem sido a Lei Penal (Lei da
Codificação e Reforma), que criminaliza
a difamação. Dezenas de jornalistas são
presos ou processados nos termos desta
lei alegadamente por difamar criminalmente alguns indivíduos sobre os quais
noticiam.

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