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PORTUGUESE
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O período em revisão apresenta
avanços e retrocessos na comunicação
social da Namíbia. Infelizmente, houve
um revés notável em áreas-chave para
a existência de um ambiente mediático
robusto, independente e pluralístico.
Desde a sua independência em 1990,
a Namíbia foi sempre um dos países com
melhor desempenho em termos de condições básicas que permitem os órgãos
de informação exercer a sua função sem
muita interferência de forças externas.
O facto de a declaração de Windhoek
ter sido lavrada na Namíbia orgulha-nos
bastante, uma vez que é uma declaração
histórica de princípios de imprensa criada e aprovada pelos jornalistas dos jornais de África no dia 3 de Maio de 1991.
A declaração ressalta que a imprensa é
essencial á democracia e que é um direito humano fundamental. No entanto,
todo o conforto, a liberdade e aclamação
internacional fizeram-nos olvidar a preciosidade do que temos, bem como a
necessidade de prezarmos, protegermos
vigorosamente e de fortalecê-lo. Ao invés disso, passamos, aos poucos, a negligenciar o nosso empenho ao jornalismo
ético e de qualidade.
Não criámos a agenda, nem fizemos lobby de grande vergadura para a
revogação de leis que restringiam a liberdade de expressão. Não conseguimos entender a nossa importância na edificação



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de uma democracia vibrante, inclusiva e
progressiva. Nem exigimos a legislação
de estatutos que melhorariam a transparência e, consequentemente, análise
crítica da dinâmica social, económica, e
política que moldam a nossa sociedade.

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Após a apresentação do orçamento
anual do Ministro da Tecnologia e Comunicação, Joel Kaapanda, à Assembleia
Nacional em Março de 2012, ficou claro
que o governo central estava determinado a ter mais envolvimento na definição
da agenda editorial dos órgãos de comunicação estatais.
O jornal New Era (Nova Era) e a Namibian Broadcasting Corporation (Canal
de Transmissão da Namíbia) foram alvos
de fortes críticas por não fazerem cobertura suficiente dos programas e políticas
do governo embora o partido no poder
(SWAPO) e o seu executivo terem cobertura extensa em programas de notícias e
assuntos da actualidade.
Questionou-se também a necessidade de haver o New Era, uma vez que
mais crítico sobre o governo do que os
órgãos de informação comerciais. Os
órgãos de comunicação estatais custaram, ao contribuinte, N$134 milhões no
ano financeiro de 2012/2013.
Há ainda os jornais NamibianosZimbabueanos que estão em situação
difícil e, tecnicamente em falência – um
empreendimento conjunto entre a New
Era a Zimpapers do Zimbabwe, que publicava o semanário regional The Southern
Times.

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